A caminho de Leiria

Em Penafiel bastaram 25 minutos de jogo para arrumar a questão do apuramento para a final a quatro da Taça da Liga, período em que a equipa da casa, que diga-se também não se apresentou na máxima força, nem conseguiu sair do seu meio campo, mas depois do golo o Sporting foi tirando o pé e o jogo ficou menos desequilibrado, embora o resultado ao intervalo fosse escasso para tamanha superioridade.

Para a 2ª parte Rúben Amorim tirou Pablo Sarabia que tinha resolvido meter folga, mas a equipa pura e simplesmente foi desligando e deixando andar o relógio, enquanto o Penafiel começou a acreditar e principalmente a correr mais, parecendo mesmo ser uma equipa que ainda tinha possibilidades de se apurar, com o seu treinador a lançar alguns titulares e a pedir o apoio das bancadas, o que só temos de aplaudir pois é assim que devia ser sempre, sendo apenas de lamentar que os jogadores do Sporting tenham acreditado que o jogo tinha acabado na 1ª parte.

Foi pena porque assim perdeu-se uma oportunidade de dar alguns minutos aos miúdos que estavam no banco, se por falar em miúdos há que dizer que Gonçalo Esteves voltou a mostrar capacidade para responder á responsabilidade de ocupar o lugar de ala direito nos próximos jogos, em que no entanto o grau de dificuldade vai aumentar.

Mas o pior deste jogo foi mesmo um tal de Cláudio Pereira, que pela amostra não tem lá muito jeito para estas coisas do apito, mas se fosse só isso paciência, todos tem dias maus e arbitrar não é tarefa fácil, o que
é grave é quando a dualidade de critérios é gritante, como foi. Na 1ª parte o homem mostrou dois amarelos sem sentido a jogadores do Sporting, sendo que em ambos os casos e com alguma boa vontade, poderíamos dizer que estava a utilizar um critério muito rigoroso, só que depois ele perdoou dois amarelos a Ronaldo Tavares, o primeiro depois de uma entrada daquelas que não tem perdão possível e que de acordo com o critério utilizado no jogo do dia seguinte daria vermelho direto, o segundo que até poderia passar numa arbitragem de critérios largos e porque resultaria na expulsão do avançado duriense, mas mesmo assim comparando com o lance em que tinha sido mostrado amarelo a Luís Neto, não haveria escapatória possível.

O resultado foi que dentro do extremo rigor utilizado em relação ao Sporting, o árbitro acabou por expulsar Bruno Tabata e não contente ainda mostrou um amarelo ao Capitão leonino por protestos. Está pois apresentado mais um artista do apito, esperemos não voltar a encontrá-lo tão cedo. De qualquer forma e mesmo jogando 10 contra 12, o Sporting recuou um bocadito e não deu muitas abébias ao Penafiel, embora aqui e ali tenha havido um ou outro calafrio.

Posto isto venha o Santa Clara e a Final tão desejada pela Liga, conforme ontem se viu no Estádio da Luz em dia de prendas antecipadas.


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