Faltou o segundo golo


O Sporting de Rúben Amorim tem um modelo de jogo consolidado que está muito bem trabalhado e a resultar em pleno. A equipa assume os riscos de sair a jogar desde a sua área e de defender com uma linha muito subida, pressiona alto com toda a gente a trabalhar e não tem medo de ter bola, pelo que regra geral tem a iniciativa do jogo e consegue criar oportunidades. Só tem faltado um maior índice de aproveitamento e algum discernimento no momento do último passe.

Tem faltado matar o jogo depois de marcar o primeiro golo e, assim à medida que o tempo vai passando a equipa assume uma postura mais conservadora, não tendo vergonha de dar um passo, ou dois atrás e a verdade é que aí este Sporting defende muito bem e não costuma conceder muitas oportunidades aos seus adversários, mas mesmo assim a realidade é que jogar em cima de resultados tangenciais é sempre arriscado e um dia destes pode dar para o torto.

O jogo com o Guimarães foi mais um dentro destes princípios, mas desta vez o Sporting apanhou um rival que até joga de uma forma idêntica ao modelo de Rúben Amorim, com uma defesa muito subida, pelo que foram várias as ocasiões onde me pareceu que se poderia ter apostado mais em meter a bola nas costas da linha defensiva vimaranense e aí as opções tomadas nem sempre foram as melhores.

De resto foi o de costume, o Sporting a assumir o jogo, e até a marcar cedo, mas depois faltou o segundo golo pelo que no fim foi defender bem e sofrer um bocadinho, mais pela incerteza, do que propriamente pela capacidade do Vitória para criar perigo.

Duas notas: uma para Pedro Gonçalves que começa a subir de forma, outra para Matheus Reis que vai marcando pontos na ala esquerda, naquela que é a posição mais aberta no onze desenhado por Rúben Amorim.

Faltam dois jogos para concluir este ciclo que até agora tem sido vitorioso, mas a Liga dos Campeões é sempre outra música, mesmo que o adversário seja o Besiktas, que também não é tão fraco como pareceu, e depois Paços de Ferreira é sempre um campo difícil.


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