Foi bonita a festa


Estes jogos da Taça com equipas das divisões inferiores são aproveitados para dar oportunidade aos jogadores menos utilizados, o que naturalmente tem reflexos em termos de entrosamento, pelo que as prestações individuais assumem um papel determinante.

No Restelo as atenções estavam viradas para as estreias como titulares de João VirgíniaGonçalo Esteves e Manuel Ugarte que cumpriram sem grande brilho, o que no caso do guarda redes é compreensível, pois poucas foram as vezes em que foi chamado ao jogo.

Para além disso tivemos o regresso dos lesionados, com Pedro Gonçalves a mostrar-se muito enferrujado e uma nova oportunidade para Ruben Vinagre, que não poderia ter começado melhor ao fazer uma excelente assistência que colocou o Sporting na frente logo no inicio do jogo, faltando depois apenas mais golos a um 1º tempo que até foi agradável.

Na 2ª parte o Belenenses ainda deu um ar da sua graça até ao 2-0, parecendo querer surpreender um Sporting meio adormecido pelas facilidades que tinha tido até aí, mas depois foram mais dois e podiam até ter sido três ou quatro.

Do que eu não gostei foi da opção por Jovane Cabral no lugar de avançado centro. O cabo-verdiano é um jogador com algumas limitações técnicas para servir de pivot da manobra ofensiva da equipa e não tem rotinas a jogar na área, pelo que mais uma vez foi visível que dava jeito ter mais uma alternativa a Paulinho, até porque Tiago Tomás neste jogo mostrou que realmente pode render mais no lado direito do ataque.

O pior do jogo foi mesmo foi aquela entrada sobre Pedro Porro, que parece que afinal não teve consequências graves, mas que poderia ter tido e estranhamente passou com um simples amarelo.

O melhor foi a festa dos adeptos de dois clubes históricos que encheram o Restelo, principalmente os do Belenenses que mostraram estar bem vivos, apesar daquela trapalhada em que o clube se meteu quando perdeu a maioria da sua SAD. Um alerta para outros grandes clubes, para aquilo que eu espero que NUNCA aconteça no Sporting.


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