Duas partes do mesmo jogo

 As goleadas sofridas pelos três grandes do futebol português na Liga dos Campeões desta época, puseram na ordem do dia a discussão sobre a falta de competitividade das nossas equipas na Europa, um problema que na minha opinião resulta de dois fatores:

*Mentalidade tacanha dos nossos treinadores que contra os grandes regra geral jogam em 9x1, o que também pode ser explicado pelas diferenças de orçamentos, uma questão que poderá ser minorada com a tão falada centralização dos direitos televisivos.

*As arbitragens à antiga portuguesa, que disparam cartões por tudo e por nada e apitam ao mínimo contacto, incentivando os jogadores à constante prática do salto para a piscina. O resultado são as sucessivas interrupções do jogo, que assim em Portugal tem um tempo útil muito baixo.

Ontem em Alvalade tivemos um jogo com duas partes completamente diferentes. Nos primeiros 45 minutos o Moreirense surpreendentemente jogou olhos nos olhos e quando Sporting se adiantou no marcador não o estava a justificar, pois os minhotos até estavam por cima do jogo, pelo que se pode dizer que o resultado da 1ª parte não refletia o que se estava a passar no relvado, mesmo que com o passar dos minutos o gás tenha começado a faltar ao Moreirense.

O intervalo tudo mudou, pois o Sporting veio para a 2ª parte completamente diferente e a mandar no jogo e só não arrumou a questão porque Paulinho teima em não acertar com a baliza. Estranhamente o Moreirense praticamente não incomodou mais António Adán. A equipa foi obrigada a recuar e parecia estar a defender o resultado, mesmo que com o aproximar do fim o Sporting tenha adotado uma postura mais calculista e cautelosa, privilegiando a posse de bola.

Enfim foi um jogo estranho, com uma primeira parte à europeia e um segundo tempo à portuguesa, restando saber até aonde vai o mérito e o demérito de uma e de outra equipas nestas oscilações tão grandes, havendo ainda a referir que o árbitro tentou deixar jogar embora se tenha perdido no critério disciplinar quando amarelou João Palhinha por protestos, para no fim virar as costas ao descontrolo de alguns jogadores do Moreirense.

Seguem-se mais três jogos em Alvalade para três competições diferentes, onde se pedem três vitórias, mas que serão um teste à solidez de um plantel curto para tanta competição.





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