A nova moda

O primeiro clássico da temporada ficou marcado pela nomeação de um árbitro sem categoria para um jogo deste calibre, o que resultou num balanço final de 40 faltas, 12 cartões amarelos e uma expulsão, números que revelam o tipo de arbitragem que tivemos, mesmo que os jogadores também não tenham ajudado.

A moda dos cartões por dá cá aquela palha parece ter pegado, pelo menos nos jogos do Sporting, e aos 4 minutos Nuno Almeida já tinha mostrado 3 amarelos e se o primeiro é um daqueles sem espinhas, os outros dois foram mais ou menos a pedido, pelo que o resultado foi que depois o árbitro não pôde manter o critério e ainda na 1ª parte perdoou o segundo amarelo a Marcano, para mais tarde fazer o mesmo com Pedro Porro

De resto em matéria disciplinar houve alguma dualidade de critérios e se Jovane Cabral viu o amarelo por tocar na cara de um adversário numa disputa de bola normal, o mesmo não aconteceu em relação a Octávio e a Pepe, em situações bem diferentes, onde até foi visível alguma maldade dos portistas.

Para além disso tivemos algumas jogadas duvidosas nas áreas, especialmente um lance onde Taremi empurrou Sebastián Coates, embora também se possa dizer que Matheus Nunes foi imprudente num toque que deu em Pepe, que por sua vez também já tinha feito aplicado um "uppercut" ao Capitão do Sporting, mas na minha opinião estes são lances onde o VAR não deve intervir, pois não se tratam de faltas claras, pelo que deve prevalecer a decisão do árbitro que não deve marcar penaltis nestes pequenos toques que são casos de interpretação, mesmo que na minha opinião o empurrão a Sebastián Coates seja claro e um daqueles que podem ser assinalados e que todos saibamos que Pepe é tudo menos um anjinho, mas como o Almeida não viu nada, ficou mesmo assim.

Enfim não se pode dizer que a arbitragem tenha tido grande influência no resultado, mas a verdade é que condicionou o jogo pela sua incapacidade para gerir um confronto que não foi fácil, com muitas picardias e fitas a mais.

Quanto ao jogo em si, estou totalmente de acordo com Rúben Amorim quando afirmou que em relação aos confrontos da época anterior o Sporting melhorou, pois não há duvidas que desta vez o sinal mais foi dos Leões, e só a excelente exibição de Diogo Costa evitou a vitória do Sporting, que à exceção de numa ou noutra saída de bola, também esteve seguro defensivamente, de tal forma que o Porto raramente criou perigo e o empate apenas surgiu graças a uma excelente jogada individual de Diaz.

Na ponta final o Sporting voltou a carregar, principalmente depois da justa expulsão de Martinez, mas ai Pepe e Diogo Costa seguraram o empate, pelo que no fim foi visível que Sérgio Conceição estava satisfeito com o resultado, de tal forma que até foi muito condescendente com a arbitragem.

Para o Sporting este empate sabe a pouco, mas faltou eficácia no momento do remate e a verdade é que o plantel é curto e no banco não havia muitas soluções, pelo que mesmo que se note evolução, esta equipa não dá para muito mais.



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