Entrada tranquila

O Sporting teve uma entrada no Campeonato tranquila, mas Rúben Amorim sabe perfeitamente que ainda há muito trabalho para fazer e esforça-se para manter os jogadores alerta não os deixando embarcar em facilitismos.

Para já, em relação à época anterior fez bem à equipa esvaziar a pressão que a partir de certa altura lhe caiu em cima e agora as coisas fluem com outra confiança, mas temos que perceber que este Vizela veio da 2ª Liga e parece ter um treinador que não está formatado nos tradicionais ferrolhos à portuguesa, pelo que se apresentou em Alvalade com um futebol positivo, coisa que não vai acontecer muitas vezes.

Mesmo assim o Sporting manteve a sua habitual segurança defensiva e a verdade é que o Vizela não teve nenhuma oportunidade de golo, nem sequer coisa que se lha pareça e aí estamos bem, mesmo que a defesa seja o sector onde há menos alternativas aos titulares.

Mas é inegável que há jogadores a crescer, sendo os casos mais evidentes os de Matheus Nunes que trás coisas à equipa que João Mário não tinha e de Paulinho que ganhou a confiança que lhe faltava para se tornar num jogador importante, havendo ainda a registar a excelente resposta de Ruben Vinagre, que à semelhança de Ricardo Esgaio, entrou muito bem na equipa.

De resto o banco ficou mais rico com estes dois reforços e ontem teve em Nuno Santos um prova de que quem entra pode acrescentar alguma coisa. Só foi pena o penalti falhado por Jovane Cabral, um jogador algo instável que sentiu esse lance, mas que precisa de carinho para não perder confiança.

E por falar em carinho, a novidade de ontem foi o público. Foram poucos, mas foram bons, e aparentemente o campeonato ganho sem eles nas bancadas, serviu para que muita gente entendesse que assobios e outras patetices do género não ajudam nada a equipa, pelo que ontem há exceção de um idiota que mandou um artefacto pirotécnico para o campo, as bancadas desempenharam aquele que deve ser o seu papel no futebol: apoiar a equipa.

Outra nota negativa do jogo foi o amarelo mostrado a João Palhinha, marcar falta àquilo já foi puxado, mostrar cartão é que não dá para entender. Enfim...

Foi pois uma noite tranquila a que não estamos muito habituados, mas a que nos queremos habituar, no entanto já vem aí um teste bem mais exigente na deslocação a Braga, que todos aguardamos com expetativa e confiança. Mas é como o treinador diz, não pode haver distrações.

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