Uma vitória à Sporting


O Sporting é a razão de ser deste espaço, mas as nossas Seleções também tem alguma coisa de Sporting e esta do Europeu de 2020, que se joga em 2021, ainda é comandada pelo "nosso" Cristiano Ronaldocontando ao todo com 7 "aurélios", dois dos quais ainda representam o Clube que os formou, isto sem esquecer "Pote" e principalmente o "nosso" Bruno Fernandes, que apesar de só ter sido jogador do Sporting duas épocas e meia, deu muito mais a este Clube do que outros que tinham a obrigação de pelo menos serem gratos, pelo que ele sim é uma das grandes figuras da história do futebol leonino e um verdadeiro exemplo em termos de carácter, profissionalismo, entrega e rendimento desportivo.

Vou pois aproveitar as férias das competições nacionais, para dedicar algumas linhas à Seleção Nacional que entrou no Euro a ganhar, num jogo onde estava mesmo obrigada a somar os 3 pontos, pois por incrível que pareça, do grupo do atual Campeão em título também fazem parte o Campeão do Mundo e finalista do último Europeu e a toda poderosa Alemanha.

Em Budapeste Fernando Santos fez jus à sua fama de técnico muito conservador e jogou com o onze que todos esperavam, o que eu até compreendo, no entanto já não percebo como é que ele levou 80 minutos até perceber que não fazia sentido ter em campo Danilo e William, quando do outro lado estava uma equipa que praticamente só se preocupava em defender.

Também não entendi a primeira substituição, mesmo que agora se diga que Rafa esteve nos três golos e haja até que defenda que deveria ter sido ele o "homem do jogo". Fernando Santos justificou a sua opção porque queria dar mais velocidade à equipa, mas sem espaço para correr Rafa não acrescentou nada e perdeu praticamente todas a bolas que teve, inclusivamente aquela que resultou no primeiro golo, pois tratou-se de uma tentativa de cruzar intercetada, que por sorte ressaltou para Guerreiro que também com alguma sorte acabou por espetar a bola na baliza. Depois sim, Rafa teve espaço e aí ele é mesmo muito perigoso.

Diga-se no entanto que Portugal fez um jogo quase perfeito em termos defensivos e que apesar do ferrolho húngaro, até criou oportunidades suficientes para marcar, mesmo com a tal dupla no meio campo, obrigando Peter Gulacsi a brilhar com um punhado de grandes defesas, isto sem esquecer que até parecia que era o Diogo Jota que estava perto de bater mais uns quantos recordes, pois o homem só via a baliza.

No fim a vitória foi inteiramente justa embora sofrida bem à maneira do Sporting, mas coroada com o tal golo 33 vezes tricotado até ao remate final do homem do costume. Missão cumprida, mas agora é que vai começar a doer porque Alemanha já perdeu com a França e neste grupo atendendo às notórias debilidades da Hungria, acredita-se que as seleções mais fortes podem contar com os mesmos 3 pontos que Portugal já somou em Budapeste. Sendo assim o apuramento vai-se decidir nos jogos entre os favoritos, pelo que sábado a Alemanha não pode perder. Para Portugal ainda haverá o jogo com uma França que provavelmente já só estará a cumprir calendário e como de costume essa será a altura de puxarmos a calculadora para fazermos contas que serão tanto mais complicadas quanto pior for o resultado do segundo jogo, mas como até já passámos com 3 pontos e a seguir fomos campeões, tudo é possível.



Comentários