Um jogo estranho


Ontem em Alvalade enfrentavam-se o primeiro e o último da classificação deste estranho campeonato, que depois de ter tido VAR a mais, o que custou 4 pontos ao Sporting, agora para além de não ter público nas bancadas, o que em contrapartida deve ter valido alguns pontinhos a esta jovem equipa leonina, também deixou de ter VAR, pois a vídeo arbitragem passou a servir apenas para os lances de fora de jogo.

Esta situação torna-se mais visível quando o árbitro em campo é muito mau e não consegue evitar um ror de erros que sem a ajuda do VAR passam em claro, neste caso com a agravante do impagável Machado dos paus de marmeleiro ter inventado uma nova estratégia que poderemos intitular de "tática do sarrafo".

Foram 31 as faltas assinaladas aos jogadores do Nacional que batiam em tudo o que mexia. Valeu tudo, pontapés, agarrões, carolos, entradas a matar, isto perante a complacência de um árbitro de tal forma desnorteado que quando aos 53m mostrou um amarelo a Daniel Bragança por uma falta inócua cometida à entrada da área dos madeirenses, colocou o Sporting a ganhar por 2-1 em matéria de cartões, numa altura em que um só jogador do Nacional já tinha cometido mais faltas do que toda a equipa adversária.

Quanto ao jogo, ou ao pouco jogo que houve, ficou marcado pelas muitas oportunidades desperdiçadas pelo Sporting, com Paulinho a continuar sem acertar na baliza e por dois momentos decisivos, o primeiro protagonizado por Luís Maximiano que disse presente quando foi preciso corrigir um erro imperdoável de Sebastián Coates que poderia ter sido fatal e o segundo com a entrada de Jovane Cabral que trouxe à equipa aquilo que ela estava a precisar, ou seja, velocidade e verticalidade perante um adversário que defendia com tudo no início da construção dos ataques do Sporting, mas que na sua área tremia por todos os lados.

A partir daí percebeu-se que só por milagre é que o golo não iria acontecer e no fim a vitória só foi sofrida porque a bola demorou muito tempo a entrar na baliza, numa noite em que as coisas estranhas não se limitaram à arbitragem desastrada, à ausência do VAR, à tática do sarrafo e aos golos desperdiçados, pois perlongaram-se no fim do jogo quando o treinador dos madeirense apareceu a queixar-se do árbitro, embora ele até tenha razão quanto põe em causa esta estranha nomeação.

Posto isto, a próxima jornada poderá ser decisiva e vai ser seguramente muito importante. No entanto é preciso não esquecermos o que aconteceu na ronda anterior em que o velho papa e os seus apaniguados já estavam a contar com a derrota do Sporting na Pedreira, mas saiu-lhes tudo ao contrário e no fim houve novidades em Moreira de Cónegos e nem mesmo o Soares Dias lhes valeu em Braga.

Agora está tudo a contar com o ovo no dito cujo em Vila do Conde e com o prometido Benfica arrasador, mas ninguém nos garante que não corre tudo ao contrário e a verdade é que se o Sporting sair da próxima jornada só com 3 pontos de vantagem, a coisa complica-se e de que maneira.

Tudo isto para refrear um pouco os ânimos e travar as euforias, como as que se viram ontem em Alvalade com os rapazes do costume a invadirem o estádio, provocando novamente prejuízos e a atirarem artefactos pirotécnicos para a policia. Depois queixam-se de que eles entram à bastonada. Portam-se como animais e são tratados como tal, só é pena é que por uns paguem os outros e sendo assim quem quer apoiar a equipa genuinamente sujeita-se a ser confundido com esta ralé que não representa o Sporting e só o envergonha. Ou muito me engano, ou avizinham-se cenas muito tristes nos próximos dias, que infelizmente vão acontecer seja qual for o desfecho deste campeonato.





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