A minha homenagem


Chegou o dia e eu estou estranhamente tranquilo, talvez porque a almofada é confortável, mas também porque esta equipa do Sporting parece-me bastante fiável, por isso eu acredito que eles não vão falhar.

No entanto no futebol tudo pode acontecer e eu já vi tanta coisa que que já nada me espanta, nem mesmo a estranha nomeação de Luís Godinho para um jogo tão decisivo como este. 

O árbitro eborense até nem me parece ser dos piores, embora sofra de uma doença que há muitos anos assola o nosso pobre país, mas como o Benfica já está fora da corrida não me parece que ele vá para Alvalade com missa encomendada.

De uma forma, ou de outra, o Sporting só tem de jogar aquilo que sabe e pode e ganhar, porque no fundo isto é uma Final, e como se costuma dizer, as finais são para se ganhar.

A festa está preparada, coisa que eu sinceramente não gosto muito (a minha está guardada para sábado), mas é como o Rúben Amorim diz, até seria ofensivo se os Sportinguistas não acreditassem nesta equipa depois de tudo o que eles já fizeram e não tivessem tudo preparado, principalmente atendendo à situação que se vive, embora vá ser impossível travar a onda verde e branca que vai varrer este país.

Chegados aqui e independentemente do resultado final deste campeonato, tenho de render todas as homenagens possíveis e imaginárias a Hugo Viana que foi realmente um visionário quando decidiu apostar tudo neste treinador, a Frederico Varandas que contra o que seria razoavelmente expetável aceitou cobrir a clausula de rescisão do treinador para seguir a fezada do seu homem forte do futebol, e principalmente a Rúben Amorim que ultrapassou todas as expectativas, por mais otimistas que fossem, estando a um passo de entrar para a história do Sporting.

De resto tenho de pedir-lhes desculpa pela desconfiança que sempre revelei aqui em relação a esta equipa, à qual também humildemente me rendo, pela raça e entrega que sempre revelaram, sobrevivendo ao covid, a uma eliminação precoce na Liga Europa, às incoerências do VAR, ao temporal da Choupana, aos falsos positivos, ao caso palhinha, aos campos inclinados pelos godinhos, dias, martins e oliveiras deste nosso pobre futebol, à teimosia do CD e às suas vinganças, a uma imprensa tendenciosa que depois de nos condenar ao 4º lugar passou a exigir que se assumisse a candidatura ao título e até à nossa desconfiança, que em alguns casos ultrapassou as marcas, com insultos em vez de apoio, principalmente nos momentos mais difíceis quando eles precisavam de palmas em vez de assobios, por isso é que eu digo que as bancadas vazias foram uma bênção.

Venha de lá esse título, seja hoje, sábado ou 4ª feira e depois alguma tranquilidade e bom senso e, acima de tudo que se perceba de uma vez por todas que o que aconteceu em 2018 nunca mais se pode repetir, pelo que esse é um passado que tem de ser enterrado, mas nunca esquecido, mesmo num dia que se espera que seja de festa para todos os Sportinguistas.




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