A estrelinha mudou-se


Na antevisão ao jogo de Moreira de Cónegos Rúben Amorim tinha-se mostrado satisfeito com a alteração introduzida frente ao Vit. Guimarães, pelo que logo aí se percebeu que o 3x5x2 era para manter, o que até fazia sentido pois seria injusto retirar Daniel Bragança da equipa, um jogador que ainda por cima estava moralizado pelas boas exibições na Seleção de sub21.

Assim restava saber quem seria o companheiro de Pedro Gonçalves lá na frente, mas mesmo assim atendendo a que Paulinho já estava recuperado e sabendo-se que ele foi uma aposta muito forte do treinador, também não era difícil adivinhar a sua presença no onze.

Não se pode dizer que estas opções não tenham resultado pois o golo até teve origem numa parceria entre os dois jogadores atrás referidos e o Sporting fez uma exibição segura, que sem ser exuberante foi mais do que suficiente para conseguir uma vitória tranquila, pois o Moreirense apenas por uma vez conseguiu chegar com perigo à baliza de António Adán, o que só aconteceu porque Zouhair Feddal teve a branca do costume.

Mas o segundo golo não apareceu e com o passar do tempo a equipa começou a aceitar mais uma vitória tangencial, enquanto o Moreirense subia as suas linhas, mesmo que continuasse a não criar perigo. A entrada de Matheus Nunes para o lugar do desgastado e azarado Pedro Gonçalves foi um sinal que o treinador queria jogar pelo seguro, mas o futebol tem destas coisas e em cima da hora Walterson teve um momento de inspiração e fez o golo da sua vida, aproveitando mais uma intervenção infeliz de Zouhair Feddal.

E assim lá se foram 2 pontos numa jornada em que o FC Porto ganhou no último instante do seu jogo e festejou como se tivesse ganho o campeonato, o que é uma demonstração de que eles ainda acreditam e não vão baixar a guarda, pelo que é caso para dizer que até parece que a estrelinha se mudou para o Dragão.

No entanto a verdade é que o Sporting ainda tem 8 pontos de vantagem, mas agora o jogo com o Famalicão que joga muito mais do que este Moreirense, ganha ainda mais importância, pois a equipa tem de mostrar que este empate não a afetou.

Quando se perde, ou não se ganha, fala-se sempre de arbitragem, mas neste caso não me parece que haja muito a dizer. É verdade que aquela entrada sobre Nuno Mendes, no limite poderia ter valido uma expulsão, mas o critério do árbitro foi sempre largo, pelo não será por um amarelo perdoado que se pode pegar. Quanto aos golos anulados, é verdade que 2 cm é uma margem que levanta sempre aquela dúvida sobre o rigor de quem determina o momento em que a bola parte, mas quanto a isso não temos outra solução que não seja acreditar na honestidade dos vídeo árbitros, mesmo que alguns deles tenham um passado pouco recomendável.

Agora é ganhar ao Famalicão e seguir na frente.

  

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