A caminho do Dragão


O jogo com o Portimonense foi uma cópia quase fiel do que tinha acontecido na jornada anterior frente ao Paços de Ferreira, com o Sporting a chegar ao 2-0 graças ao seu futebol rápido e envolvente e depois a controlar o resultado suportado na disponibilidade de toda a equipa para defender e, até o concerto de apito da passada segunda feira se repetiu.

As principais diferenças estiveram num Portimonense menos forte do que o Paços na sua organização defensiva, mas mais perigoso no ataque, onde lhe faltou a eficácia que o Sporting tem mostrado muitas vezes na hora do remate, mas mesmo assim António Adán passou alguns sustos.

É um facto que logo que Rúben Amorim pôs os pés em Alvalade foi curto e direto afirmando que tinha a sua ideia de jogo e era com ela que iria até ao fim. Também é verdade que os resultados tem dado razão ao treinador que só mesmo em situações pontuais tem abdicado do seu 3x4x3 desdobrável em 5x4x1, mas a mim enquanto treinador de bancada, parece-me preocupante que em jogos como os últimos dois a equipa não tenha conseguido ter bola quando o adversário sobe no terreno, mesmo que no sábado houvesse a atenuante de um relvado muito encharcado.

O próprio Rúben Amorim fez uma alusão a isso no final deste jogo e parece-me que tendo no banco um jogador fino como Daniel Bragança a sua entrada foi tardia. Penso que nestas situações não viria mal nenhum ao mundo se a equipa passasse a jogar com três homens no meio campo e apenas dois na frente, para assim se evitarem situações de inferioridade numérica na zona central e permitir à equipa respirar com bola, em vez de andar toda a gente a correr atrás dela. Mas pronto, por enquanto tem dado para a aguentar.

Para já o primordial objetivo de ganhar estes jogos que antecediam a deslocação ao Dragão foi cumprido, pelo que na pior das hipóteses o Sporting sairá do Porto com uma vantagem de 7 pontos para gerir até à interrupção de Março, porque o Natal já passou, o Janeiro da verdade também e até nos trouxe uma Taça e, agora o Carnaval também já ficou para trás. Venha a Páscoa.   



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