O jogo do falso amarelo


Depois do empate com o Rio Ave numa jornada em que o Sporting poderia ter alargado a sua vantagem sobre os seus principais rivais, o estofo desta equipa voltava a ser posto à prova no Bessa, onde uma vitória dos Leões os deixaria com 6 pontos de vantagem sobre o Benfica, em vésperas do "derby" de Alvalade.

Pode-se dizer que a resposta da equipa foi quase perfeita perante um Boavista plantado à frente da sua baliza, que resistiu apenas 22 minutos, altura em que sofreu o primeiro golo validado graças ao VAR. A partir daí o Sporting só pecou por não ter concretizado nenhuma das inúmeras e flagrantes oportunidades que teve e que até davam para golear um Boavista inofensivo.

Com o passar do tempo Rúben Amorim foi fazendo algumas alterações no sentido de acima de tudo não perder o controlo do jogo, como tinha acontecido na última jornada em Alvalade e até resolveu recorrer a João Palhinha, mas se frente ao Rio Ave o treinador se atrasou nas substituições, aqui adiantou-se 1 minutinho, pois logo a seguir à entrada do nº 6, Pedro Porro voltou a brilhar e finalmente chegou o golo da tranquilidade que já era mais do que merecido.

O que se passou a seguir é de difícil explicação, pois aquele cartão mostrado a João Palhinha cheirava a premeditação por todos os lados e depois dos falsos positivos chegava um falso amarelo, que tirava do "derby" um dos dois jogadores chave desta equipa, deixando no ar a ideia de que Sebastián Coates também só tinha escapado do castigo laboratorial porque conseguiu não fazer uma única falta durante todo o jogo.

Consta que perante o pedido de despenalização efetuado pelo Sporting, Fábio Veríssimo está disposto a reconhecer que errou na sua análise ao referido lance, o que a confirmar-se será um sinal de carácter muito raro no nosso futebol onde vale tudo, daí que a suspeição esteja instalada. Resta saber como é que isto vai acabar, principalmente se se verificarem as habituais pressões do vizinho do lado, um pouco à semelhança do que o FCP fez na Taça da Liga, com os resultados que se conhecem.

Com Palhinha, ou sem Palhinha, o jogo da próxima 2ª feira é pela enésima vez olhado como o grande teste a este Sporting, que para já sobreviveu ao terrível Janeiro, com a Taça da Liga no bolso e mantendo a vantagem sobre um dos rivais ao mesmo tempo que a aumentava em relação aos outros dois, embora com o dano colateral que foi a Taça de Portugal. 

A ver vamos o que é que Fevereiro nos trás para além do habitual carnaval que é o futebol português.


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