Adán e a estrelinha


Estrelinha da sorte, ou estrelinha de campeão, era a dúvida que se levantava no final do jogo de sábado em Alvalade, depois do Sporting ter derrotado o Braga, superando aquele que todos diziam que ia ser o teste da verdade a esta equipa que não pára de surpreender.

No fim do jogo a palavra mais ouvida foi eficácia, mas eu diria que tirando aquela bola que bateu no poste e estranhamente não quis entrar, quem fez a diferença foi António Adán que travou dois remates de Ricardo Horta que tinham o selo do golo, se bem que o segundo provavelmente teria o mesmo destino do golo anulado a Paulinho, pois Esgaio estava fora de jogo no início da jogada que o fiscal de linha deixou seguir, como de resto mandam as regras, embora depois devesse ter levantado a bandeirola.

Para além disso o guarda redes do Braga não foi feliz naquela defesa para a sua frente no lance do 2-0, embora também se possa dizer que enquanto Horta não conseguiu marcar nas três oportunidades que dispôs, bastou uma a para o melhor marcador do campeonato meter a bola na baliza bracarense.

Carvalhal disse que num jogo destes quem marcasse primeiro ficaria em excelente posição e de facto o Sporting soube aproveitar a vantagem conseguida porque António Adán é melhor do que Mateus e Pedro Gonçalves é muito melhor do que Ricardo Horta e depois Rúben Amorim também foi melhor do que o treinador bracarense nas substituições, ou se calhar o plantel do Braga não é melhor do que o do Sporting, ao contrário do que todos diziam no início da época.

A equipa lutou, sofreu um bocado, foi salva pelo poste, pelo VAR e pelo seu guarda redes, mas também soube aproveitar as suas oportunidades e as debilidades defensivas do adversário e no fim até demonstrou alguma sabedoria no controlo do jogo o que revela uma evolução brutal em relação ao que se via no início da época.

E pronto, ainda não foi desta que o Sporting se espalhou, o que acrescentou uma importante dose de confiança a um grupo que está muito unido e onde como o treinador diz, todos se agarram uns aos outros e lá se vão aguentando como e enquanto podem.

No fim foi engraçado ver o sorriso amarelo de Carvalhal quando o jornalista falou dos lances polémicos de que o Sporting se queixou, o homem tinha qualquer coisa entalada na garganta, mas vá lá que desta vez ficou caladinho e não veio com aquela conversa de que se ia embora porque não precisava disto para nada. Se tivesse sido ao contrário é que eu queria ver.

Quanto aos tais lances, ao contrário do que a maioria dos especialistas e comentadores dizem julgo que penalti mesmo é o empurrão a Zouhair Feddal. A rasteira a Tiago Tomás é acidental e a bola nem está ao alcance do rapaz, não me parece que fosse coisa para o VAR. O problema é que já perdemos 4 pontos à conta de intervenções extemporâneas do VAR, que agora parece que finalmente descobriu que só deve intervir em casos de erros indiscutíveis, mas mesmo assim lá vamos ganhando.

Siga para a Madeira.

Comentários