Chegou Janeiro


Depois da grande vitória sobre o Nacional, Rúben Amorim fez o que tinha a fazer e poupou meia equipa no jogo da Taça. A batalha da Choupana tinha de deixar marcas e ainda por cima houve menos um dia para recuperar, mas sexta feira há uma jornada muito importante para o Sporting, pelo não poupar os jogadores mais desgastados seria um risco ainda maior. Não correu bem, paciência.

É verdade que alguns dos jogadores poupados são dos melhores pelo que era inevitável que a qualidade do jogo da equipa baixasse, no entanto o Sporting não deixou de ser dominador e até poderia ter ganho, faltou simplesmente a tal eficácia de que tanto se falou depois do jogo com o Braga.

De qualquer forma não se pode dizer que a culpa tenha sido dos jogadores que entraram, pois Luís Maximiano por exemplo quase não teve trabalho, e se é verdade que Gonzalo Plata ainda está a aprender as rotinas defensivas da posição de ala, a realidade é que não comprometeu, o mesmo se podendo dizer em reação a Cristián Borja, no entanto os que jogaram em posições mais avançadas nada acrescentaram à equipa que nesse aspeto esteve pouco efetiva.

O momento do jogo foi aquele passe transviado de Luís Neto, que João Palhinha ao escorregar não conseguiu corrigir, enquanto Zouhair Feddal falhou a dobra. Como se pode ver estamos a falar de três titulares, embora no caso de marroquino nos possamos lembrar da ausência do capitão da equipa, que normalmente estaria naquela posição.

A perder Rúben Amorim meteu jogadores de cariz mais ofensivo em todos os sectores recorrendo aos titulares, mas o 2-0 na sequência de um canto matou o jogo e não havia muito mais a fazer para além da entrada de Sebastián Coates para a posição de ponta de lança, o que só por si é revelador das debilidades de um plantel, que tem pelo menos três posições carenciadas, pois para além da ausência de um homem de área a sério, não há alternativas nem para João Palhinha, que provavelmente só jogou por isso mesmo, nem para Sebastián Coates que provavelmente só não jogou porque saiu tocado da Choupana.

Há pelo menos três casos de arbitragem que poderiam ter mudado o jogo, mas deste árbitro não se pode esperar mais do que um verdadeiro concerto de apito com 50 faltas e não sei quantos amarelos, no entanto não posso deixar de referir a forma patética como ele decidiu recomeçar o jogo depois de ter interrompido um ataque perigoso do Sporting quando um defesa do Nacional levou uma bolada na cara. Que ele tenha parado o jogo eu até admito pois foi um embate violento, agora recomeçar com a bola para os madeirenses, é inacreditável.

A Taça já era, agora o foco tem estar por inteiro no jogo do Rio Ave que terá de ser encarado como um dos mais importantes da época e depois vamos arrumar a questão da Taça da Liga de melhor maneira que for possível, para que a equipa se possa focar por completo no Campeonato. O resto é conversa.

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