Uma equipa que entusiasma

 



Ao contrário do que tenho lido e ouvido, na minha opinião esta não foi a melhor exibição da época por parte do Sporting, isto porque me parece que a equipa não foi tão constante quanto o que se pede, embora seja evidente uma grande evolução se compararmos com o início da época, altura em que se verificavam grandes dificuldades em controlar os jogos, principalmente depois de alcançada a vantagem no marcador.

Nesse capítulo parece-me que por exemplo o jogo de Famalicão até foi mais seguro, embora também se possa dizer que este Paços é mais equipa do que o adversário do jogo anterior e conseguiu muitas vezes obrigar o Sporting a jogar longo, o que não tem nada de mal e também revela aqui o crescimento desta equipa que já percebeu que não é preciso sair sempre a jogar na pequena área e que o jogo direto pode ser muitas vezes uma boa opção, principalmente quando há jogadores com capacidade para meterem a bola lá na frente com qualidade, área onde também se verifica uma grande evolução, que não será estranha aos níveis de confiança que vão subindo quando as coisas correm bem.

Mas se é verdade que o Paços de Ferreira até colocou mais dificuldades ao Sporting de que o Famalicão, a realidade é que o resultado em Alvalade foi melhor do que o obtido no Minho, essencialmente porque o Sporting foi mais eficaz no momento da finalização e não ofereceu golos ao seu adversário, conseguindo um resultado confortável ainda na 1ª parte e matando o jogo bem cedo, pelo que ficou logo aí protegido contra as habilidades da terceira equipa em campo.

De qualquer forma é evidente que esta equipa está confiante e cada vez mais confortável neste modelo de jogo com a marca de Rúben Amorim, que é o grande obreiro deste surpreendente arranque de temporada, de tal forma que o percalço de Famalicão até parece ter sido aproveitado no bom sentido e não se notou nenhuma instabilidade acrescida depois um pós jogo muito agitado.

 Entretanto perante as respostas insuficientes de Andraz Sporar, o treinador resolveu finalmente colocar Tiago Tomás no meio e o miúdo  respondeu outra vez da melhor forma possível. Confesso que este não era um dos jogadores da Academia em que eu mais depositava esperanças, mas o rapaz não pára de me surpreender e quem sabe se será ele o avançado centro que tem faltado a esta equipa. Ele pode não ter muito cabedal, mas movimenta-se bem e tem escola, pois afinal foi como ponta de lança que sempre jogou. Uma coisa é certa, safa-se melhor ali do que o Jovane Cabral e eu arrisco-me mesmo a dizer que pode render mais no meio do que na direita, onde tem jogado quase sempre.

Para além disso Bruno Tabata também teve a sua oportunidade e aproveitou-a da melhor forma para se candidatar precisamente ao lugar de avançado interior direito. O brasileiro mostrou que pode ser mais uma opção e hoje será seguramente outro dia de oportunidades, para ele e provavelmente para mais alguns.

Para já é como o treinador diz: esta equipa entusiasma.

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