Dia de oportunidades

 


Em dia de Taça da Liga, Rúben Amorim optou por mudar a equipa toda, apresentando apenas um titular indiscutível, mais dois que jogam regularmente, curiosamente todos na linha da frente, pois o resto mudou tudo e mesmo assim há que dizer que Pedro Gonçalves resolveu meter folga.

Foi pois sem surpresas que se verificaram significativas diferenças em relação aos últimos jogos, que resultaram essencialmente da falta de rotinas, o que curiosamente foi menos notório na linha defensiva que se apresentou bem afinada, com destaque para os dois jovens que foram titulares, o que revela que o sistema está a ser muito bem trabalhado.

Para além disso também foi evidente uma diminuição na qualidade individual dos jogadores utilizados, algo que se traduziu numa enorme quantidade de passes transviados, que não pode ser apenas resultante de um menor entrosamento entre jogadores pouco utilizados.

Mesmo assim o Sporting dominou inteiramente, mas diga-se a verdade que na 1ª parte apenas por uma vez cheirou a golo, no entanto Andraz Sporar não foi suficientemente lesto na hora do remate.

Depois do intervalo o treinador resolveu acrescentar alguma qualidade à equipa e os golos apareceram de rajada e tiveram um efeito de descompressão nos Leões, de tal forma que o jogo se tornou desorganizado e até mais equilibrado.

No final valeu a vitória e principalmente os sinais positivos dados por algumas exibições individuais, com destaque para Gonzalo Plata, um jovem com muito potencial, mas que sendo um extremo à antiga, posição que não existe neste 3x4x3 de Rúben Amorim, tem tido algumas dificuldades quando é chamado jogar mais por dentro numa linha de três avançados, onde a concorrência é muito forte, pelo que o lugar de ala será talvez aquele que lhe resta e onde frente ao Mafra deu uma excelente resposta, embora o desafio não tenha sido muito exigente em termos defensivos, matéria onde terá seguramente de trabalhar muito.

Para além disso boa nota para Bruno Tabata que voltou a entrar bem, sem esquecer os já referidos Eduardo Quaresma e Gonçalo Inácio que demonstraram ser boas alternativas aos titulares, ao contrário do que aconteceu no meio campo, onde realmente não se vê nenhum jogador que se possa equiparar a esse autêntico muro de betão em que João Palhinha se transformou.

Estamos pois na final a quatro, marcada para o próximo mês em Leiria, onde se aguarda com muita expectativa pela resposta que esta equipa vai dar perante os todos poderosos do nosso futebol. Venham eles.


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