De acordo com noticia veiculada ontem pela TVI, a Polícia Judiciária, depois de dois anos e meio investigações, resolveu ilibar todos os arguidos do processo denominado de Cashball, à exceção de Paulo Silva, o empresário que denunciou o caso, ao afirmar que tinha sido mandatado por um funcionário do Sporting, para corromper árbitros de andebol e futebolistas, com o objetivo de beneficiar o Clube.
Agora terá ficado comprovado pelo testemunho dos envolvidos, que efetivamente Paulo Silva abordou dois árbitros e um futebolista nesse sentido, tendo no entanto os mesmo recusado as propostas, pelo que o empresário será acusado de três crimes de corrupção desportiva na forma tentada, para além de um crime de simulação de crime, isto porque Paulo Silva foi apanhado em falso ao afirmar ter ido à Madeira tentar subornar um árbitro, quando na verdade apesar de ter bilhete não voou para o Funchal e até acabou por ser reembolsado do mesmo.
Assim segundo a investigação não ficou demonstrado que Paulo Silva estivesse mandatado por responsáveis do Sporting para aqueles atos de corrupção, pois não só não foram encontradas nos telemóveis dos acusados as mensagens que o empresário afirmou ter trocado com os restantes arguidos, como as perícias concluíram que os conteúdos das mesmas podem ter sido adulterados de forma a incriminar os visados.
Perante isto urge apurar o que terá levado este Paulo Silva não só a falsificar provas, como a confessar ter cometido crimes pelos quais se arrisca a cumprir pena de prisão. A resposta parece-me óbvia, mas também tenho poucas dúvidas de que o que se vai seguir será o silêncio do agora réu, que provavelmente vai ser defendido por um dos melhores escritórios de advogados deste país e no fim cumprirá uma pequena pena, depois da qual terá à sua espera uma confortável vidinha, provavelmente com direito a umas comissõezinhas estrategicamente escondidas no relatório contas de alguma SAD.
Também não tenho grandes dúvidas de que esta tramoia tinha como objectivo atacar não apenas o Sporting, mas principalmente Bruno de Carvalho, que na altura já era um Presidente fragilizado no meio de uma guerra com os jogadores da equipa principal de futebol, que poucas horas depois deste caso ter rebentado, descambou no ataque a Alcochete, dois episódios que somados foram decisivos para derrubar Bruno de Carvalho, um homem que com os seus muitos defeitos afrontou os poderes instituídos no futebol português e incomodou muita gente, pelo que foi alvo de ataques despudorados encabeçados pela asquerosa cmtv, que pelo que agora se vai sabendo terá combinado o pagamento de 30 mil Euros ao tal Paulo Silva para que este lhes desse uma entrevista a contar toda a história.
Se tudo isto se confirmar é importante que os Sportinguistas tenham a noção clara e nunca deixem de o referir, que o Sporting saiu ileso deste caso, não apenas por falta de provas, mas principalmente porque há indícios de falsificação das mesmas, pelo que de forma alguma poderemos admitir comparações com casos vergonhosos como o "apito dourado" ou os "e-mails". De resto para mim este é um momento de grande alívio pois o "cashball" foi um caso que me envergonhou enquanto Sportinguista.
Agora resta-nos aguardar o desfecho deste processo e esperar pela reação daqueles que foram os grandes lesados com tudo isto, ou seja André Geraldes e o Sporting, que podem estar livres judicialmente falando, mas ficarão para sempre marcados por danos reputacionais irreparáveis. Sendo assim espero que a Direção do Sporting em funções nessa altura, vá até às últimas consequências no sentido de reparar os danos causados à imagem do Clube/SAD e na exigência de se apurarem e punirem os culpados.
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