Ia o jogo de 4ª feira com 10 minutos e já eu coçava na cabeça a pensar no Sporting-Vitória de Setúbal da época passada, numa altura em que me parecia claro que daquela maneira dificilmente íamos ultrapassar a uma equipa muito bem organizada defensivamente, que chegou a Alvalade com a lição bem estudada e determinada em tapar todos os caminhos para a sua baliza, ao mesmo tempo que esperava que lhe saísse o numero premiado, num erro, ou numa bola parada.
Era óbvio que com Jovane Cabral, ou melhor sem ninguém, lá no meio, de nada servia entrar pelos flancos, pois Rodrigão e companhia chegavam e sobravam para as encomendas, pelo que a entrada de Andraz Sporar era uma opção que se impunha sem demoras. No entanto Rúben Amorim aguentou até aos 61m, 9 minutos depois da tal taluda ter saído a Lucas Mineiro, portanto já com o Sporting em desvantagem no marcador e numa altura em que não se via forma de desatar o nó em que a equipa estava amarrada.
Restava pouco mais de meia hora e para além da entrada do avançado esloveno, o treinador do Sporting voltou a trocar tudo lá trás e 10 minutos depois baralhou e voltou a dar com a entrada de Daniel Bragança para o meio campo, encostando Tiago Tomás novamente à ala direita, outra opção que na minha opinião não faz nenhum sentido, pois o miúdo não tem "um para um" que lhe permita entrar pela ala, pelo que a única coisa que consegue fazer naquela posição são passes seguros, geralmente para trás, ou para o lado.
A verdade no entanto é que as substituições resultaram. A presença de Andraz Sporar na área gilista criou finalmente problemas aos minhotos e foi o esloveno que empatou e que depois ganhou a bola que originou o segundo golo marcado por Tiago Tomás na posição onde deve jogar, a passe de Daniel Bragança, pelo que não se pode deixar de falar de alguma estrelinha da parte do treinador leonino.
No fim o resultado foi muito melhor do que a exibição, mas a continuar assim um dia vai correr mal, pelo que está na altura de Rúben Amorim esquecer Paulinho, e jogar com ,Andraz Sporar que tendo algumas dificuldades no jogo aéreo, pelo menos sabe mexer-se na área e já mostrou que não é homem de baixar os braços e tem-se esforçado, apesar de aparentemente o treinador não ir muito à bola com ele.
Já se começa a falar na alma desta equipa e o grupo realmente parece estar unido, mas convém não abusar muito, nem pressionar de mais. Os rapazes estão a cumprir mas há evidentes limitações. Vamos a ver se no domingo a coisa melhora.
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