Em Alverca o Sporting revelou algumas melhorias em relação aos dois jogos anteriores, isto apesar da ausência de três ou quatro jogadores que em principio serão titulares, melhorias essas que foram visíveis principalmente com as substituições, pois João Palhinha e Luciano Vietto acrescentaram alguma qualidade, coisa que não abunda neste plantel, isto já para não falar do facto de Nuno Santos ter dado a profundidade que faltava na esquerda com Vitorino Antunes.
Não vale a penas estar a discutir as virtudes e os defeitos do 3x4x3 adoptado por Rúben Amorim, pois ele sempre disse que tinha a sua ideia de jogo e não iria abdicar dela. Portanto é assim que o Sporting vai jogar e eu até vejo algumas vantagens neste esquema e no facto da equipa ter princípios de jogo bem definidos.
Já se começam a ver alguns mecanismos bem instalados, no entanto nota-se alguma falta de qualidade na saída de bola lá atrás e pouca profundidade nas alas, embora ontem já tenha dado para perceber que Pedro Porro tem pulmão que nunca mais acaba e portanto pode fazer piscinas atrás de piscinas, só é pena que no momento da definição lhe falte algum discernimento, mas já deu para ver mais alguma coisa neste jovem jogador. Do outro lado faltou Nuno Mendes que oferece garantias de grande qualidade, pelo que aí não haverá grandes problemas.
Lá na frente não há presença na área, uma situação que também não vai ser Andraz Sporar a resolver, vamos a ver se vem alguém capaz de ajudar a solucionar esse problema, mas na 1ª parte também faltou criatividade pois não basta ter avançados esforçados, é preciso haver quem resolva, algo que nesta altura parece que apenas Jovane Cabral é capaz de fazer, com o seu futebol cheio de força, que por vezes se torna demolidor, embora seja sempre mais à bruta do que em jeito, no entanto Luciano Vietto e Pedro Gonçalves podem acrescentar talento e imaginação à linha da frente.
Porém, para mim a surpresa mais agradável deste jogo foi João Palhinha que acrescentou peso e dinâmica ao meio campo e ainda libertou Wendel para as funções de dínamo desta equipa, que lhe assentam como uma luva. Jogaram os dois pouco tempo, mas gostei muito.
Na defesa Zouhair Feddal pareceu-me um pouco mais desenferrujado, mas voltou a oferecer um penalti desnecessário, embora tenha compensado com um bom golo de cabeça. De qualquer forma não me parece ser jogador para sair a jogar, o mesmo se podendo dizer de Luís Neto no lado contrário, pelo que nesta altura Eduardo Quaresma deve ser titular, embora se fale da vinda de mais um defesa.
Enfim, três jogos, três vitórias e alguma evolução nos processos de jogo, aguardemos por testes mais exigentes, pelo que espero que se confirme o jogo com o Nápoles. Vamos a ver.
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