Salvou-se a 1ª parte


Em dia de aniversário o Sporting voltou a ganhar, mas não se pode dizer que a festa tenha sido abrilhantada por uma boa exibição, embora os primeiros 50 minutos tenham sido mais do que suficientes para garantir uma vitória justa e tranquila.

Em relação aos jogos mais recentes houve algumas diferenças, logo a começar pelo facto do Gil Vicente não ter entrado com as suas linhas subidas a pressionar a saída de bola do Sporting, o que permitiu uma construção mais articulada, perante um rival que preferiu jogar um pouco à antiga portuguesa, com quase todos os seus jogadores atrás da linha da bola.

Depois do 2-0 é que as coisas mudaram, não sei se por incapacidade física da parte do Sporting, ou se por opção estratégica, mas a verdade é que a equipa recuou e pior do que isso começou a perder quase todas as bolas divididas, revelando uma preocupante falta de agressividade, particularmente estampada em Matheus Nunes, algo que diga-se, as substituições que me pareceram tardias, também não ajudaram a resolver.

Vale que o 5x4x1 em que se transforma o 3x4x3 de Rúben Amorim, tem-se revelado bastante eficaz em termos defensivos e não fossem alguns erros individuais, como foi o caso daquele que resultou num penalti escusado, poderiamos dizer que nesse capitulo a equipa já está bem afinada.

Outra grande diferença em relação aos jogos anteriores foi a explosão de Gonzalo Plata que compensou a ausência de Jovane Cabral, mas em contrapartida Rafael Camacho não aproveitou a oportunidade que teve de jogar mais à frente e depois de não ter agarrado o lugar de ala, começa a faltar-lhe tempo para justificar os 5 milhões que custou.

Novidade mesmo foi a alteração tactica promovida por Rúben Amorim quando substituiu precisamente Rafael Camacho, passando a jogar com mais um homem no meio campo, embora Matheus Nunes tenha subido um pouco para o lado direito. Pode ser uma solução para alguns jogos mais complicados, mas na circunstância parece-me que foi mais porque no banco só havia um menino de 17 anos para aquele lugar e o treinador terá achado que era muito cedo para lançá-lo, o que viria a fazer já perto do fim.

Enfim, mais 3 pontos e a equipa vai ganhando confiança. È pena que não se consiga uma vantagem no marcador que dê outra tranquilidade e uma maior margem de manobra ao treinador para lançar os miúdos.

Sobre o àrbitro que acho ter sido a primeira vez que o vi, e não gostei. Pareceu-me fraquinho e com uma certa inclinação. Valeu que o jogo foi fácil em todos os sentidos.

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