Nem o Var nos salvou



O Sporting empatou a zero em Moreira de Cónegos num jogo que ficou marcado por algumas decisões inexplicáveis de uma equipa de arbitragem formada por dois internacionais, o que me leva mais uma vez a referir a necessidade haver explicações para coisas que são difíceis de entender.

Que Tiago Martins em tempo real não tenha considerado aquela falta clara sobre Jovane Cabral eu ainda sou capaz de entender, pois à primeira vista pode parecer um choque entre dois jogadores que vão disputar a bola, mas o homem que estava no VAR deveria explicar como é que não viu aquilo. Estava distraído? Acha que não foi uma falta clara? Acha que era muito cedo para marcar um penalti? Ou será que pura e simplesmente não gosta do Sporting porque ainda não engoliu aquela história do Stojkovic? Provavelmente será isto, pelo que não se percebe porque é que o Conselho de arbitragem o continua a escalar para jogos dos Leões, onde ele repetidamente se espalha ao comprido e sempre no mesmo sentido.

Mesmo assim o homem conseguiu ver o agarrão a Sebastián Coates à beira do fim do jogo, mas aí foi a vez do outro ir ao monitor para se negar a ver o que era manifestamente evidente. E mais uma vez eu pergunto: O homem vê mal? Acha que aquilo não é falta? Acha que não se devem marcar penatis nos últimos instantes do jogo? Não queria que o Sporting ganhasse? Ou será que estava com medo do trolha de Braga?

Estes foram apenas dois lances, mas basta recuarmos à 1ª parte em que o Moreirense entrou com uma grande agressividade, mas só à terceira é que Conté lá levou um amarelo, enquanto a Marcos Acuña bastou uma faltinha para ver logo a respectiva cartolina, de tal forma que ao intervalo estva dois a dois em cartões. Enfim nada a que não estejamos habituados, mas foi preciso este empate para lá sair o comunicado da ordem, isto depois do tal presidente do Braga que tinha proposto um pacto de silêncio sobre as arbitragens quando estava confortavelmente sentado no 3º lugar, ter vindo debitar trampa logo que caiu para a 4ª posição. É o futebol português e os seus artistas bafientos.

Apesar de tudo isto a verdade é que o Sporting não ganhou este jogo muito por culpa própria. A 1ª parte foi um miséria, resumindo-se a uma oportunidade de golo desperdiçada por Sebastián Coates, de tal forma que até se pode dizer que houve algum ascendente da parte do Moreirense, mesmo sem incomodar Luís Maximiano, isto devido à total incapacidade da equipa na construção do jogo, o que se compreende quando lá atrás estão jogadores com muitas dificuldades quer no passe curto, quer no passe longo e porque não se pode esperar um futebol dinâmico, quando se deixa de fora o principal dínamo do jogo da equipa, para meter em campo um Rodrigo Battaglia limitado e que já não consegue sair do grande circulo e mesmo aí é devagar e devagarinho. Assim tivemos um jogo pastoso e sem criatividade, em que a bola raramente chegava em condições aos homens da frente.

Na 2ª parte com a expulsão e as entradas de Wendel e de Nuno Mendes tudo mudou, mas faltou descernimento no momento do último passe e do remate, sendo cada vez mais claro que Andraz Sporar é um jogador esforçado que gosta de actuar nos espaços, mas ao qual falta o faro de golo que define os grandes pontas de lança. O homem raramente está no lugar certo, ou então ainda não se conseguiu entrosar neste esquema de jogo de Rúben Amorim.

Enfim perderam-se 2 pontos muito por culpa própria, porque dos apitadores de serviço não se pode esperar mais do que aquilo que vimos ontem e quando eles não querem, nem o VAR nos salva.

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