Depois de uma dezena de jogos no "modelo Amorim" já toda a gente sabe de cor e salteado como é que este Sporting joga e as suas debilidades são mais do que conhecidas, pelo que a receita para encravar a máquina é muito simples: pressão alta na saída de bola que invariavelmente acaba por resultar num passe falhado, um olho sempre em cima de Wendel que é o principal transportador de jogo da equipa e o resto não é muito complicado, pois lá na frente faltam talento e centímetros.
Foi assim que o Benfica dominou quase por completo este desinteressante "derby", em que para o lado do Sporting houve a agravante da lesão de Sebastián Coates que transformou o jogo aéreo da equipa numa verdadeira nulidade, uma vertente que mesmo com o uruguaio em campo não é propriamente o ponto forte desta equipa, principalmente no ataque, mas que na defesa ficou como se viu.
De resto os dois golos do Benfica resultaram de lances em que os anões e algumas belas adormecidas do Sporting não conseguiram parar as torres encarnadas e só não foram mais vezes porque não calhou.
Para além disso temos a gigantesca diferença nos bancos. Enquanto a primeira opção de Rúben Amorim foi um Júnior que até quase marcou, do outro lado entraram o melhor marcador do campeonato e aquele que para alguns é o melhor jogador do Benfica, dois homens que rapidamente encostaram o Sporting às cordas e resolveram o jogo sem grandes dificuldades.
A minha fé em relação ao 3º lugar estava mais no FC Porto, mas aí a coisa também não podia ter corrido pior e assim lá caímos para a 4ª posição para desconsolo de Rúben Amorim que percebeu que já gastou a sua primeira vida no Sporting, principalmente por causa daquele empate com o Setúbal que foi realmente uma miséria.
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