Correu bem a 1ª parte

O Sporting ganhou por 3-1 à Belenenses SAD, um resultado construído na 1ª parte, precisamente no periodo em que a equipa teve mais dificuldades perante um rival que entrou a pressionar muito alto, secando completamente a ideia de sair a jogar muito do agrado de Rúben Amorim.

Foi assim que Licá chegou ao golo muito cedo, aproveitando um erro de Eduardo Quaresma que sentiu o peso dessa responsabilidade e pareceu estar de tal forma esgotado que teve mesmo de ser substituído. De resto não foi o único pois parece que o peso destes jogos com outra intensidade começa a fazer-se sentir nos jovens.

 A perder e metido num colete de forças, o Sporting teve a sorte pelo seu lado e começou a esticar o jogo, percebendo que com tantos homens cá na frente, o cobertor de Belém ia ficar descoberto lá atrás, o que com uns toques de qualidade aqui e ali, foi mais do que suficiente para virar o marcador.

Na 2ª parte a equipa no geral foi inteligente na forma como controlou o jogo sem correr grandes riscos, ao mesmo tempo que ia faltando a gasolina à Belenenses SAD, pelo que acabou por ser uma vitória tranquila.

No entanto não há que embandeirar em arco, pois até agora o calendário tem sido amigo, mas quando do outro lado estiverem jogadores com mais qualidade, a segurança na posse de bola vai ter de aumentar e alguma falta de experiência também poderá ser fatal.

De resto no geral foi o de costume, com a variante da entrada de Stefan Ristovski para o lado direito, o que deu um pouco mais de segurança em termos defensivos, sem retirar acutilância no ataque, pelo que tudo indica que o mecedónio terá ganho o lugar.

Para além disso hà a referir a boa entrada de Francisco Geraldes e a confirmação do bom momento de Jovane Cabral, enquanto Andraz Sporar lá se vai adaptando a uma missão de grande esforço e sacrificio, ao contrário de Gonzalo Plata que ainda não se encontrou com a posição de avançado mais interior, parecendo sentir falta das linhas que ficam entregues ao ala.

Mas a verdadeira questão deste sistema de jogo parece-me estar mesmo nos passes de risco, que por vezes inevitavelmente dão em erro, pelo que as movimentações, principalmente da dupla do meio campo, precisam de ser muito trabalhadas para se poder ultrapassar as linhas de pressão adversárias e explorar os espaços dados atravéz dos homens mais rápidos da frente. Por enquanto está a resultar, mas ainda está longe do que será exigivel.

Uma palavra final para a grande surpresa da tarde, Hélder Malheiro a arbitrar sem dar barraca. Parabéns.

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