72 minutos

Decorria o minuto 64 do jogo quando Jorge Silas resolveu finalmente lançar Luiz Phellype e 5 minutos depois a bola viajou pelo ar até à área do Moreirense, onde o avançado brasileiro fez o golo com um magnifico cabeceamento.

Até essa substituição, contando com os 8 minutos extra concedidos pelo árbitro no final da 1ª parte, tinham decorrido 72 minutos de jogo, com domínio intenso do Sporting que trocava bem a bola e conseguia entrar pelas alas com relativa facilidade, mas depois faltava alguém na área, porque Jesé Rodriguez pode ser muitas coisas, até cantor, mas ponta de lança não é de certeza.

No final do jogo Jorge Silas afirmou que a sua opção pelo espanhol tinha sido estratégica, o que não deixa de ser assustador, pois a mim parece-me que era uma estratégia condenada ao fracasso, pois perante um rival que previsivelmente ia  jogar muito fechado lá atrás, não faz qualquer sentido abdicar do jogo aéreo, uma das principais soluções para contornar esse tipo de adversários.

De facto apesar do grande volume de jogo atacante e das muitas vezes que se entrou pelas alas, o que é uma marca do jogo deste Sporting, raramente se viram cruzamentos pelo ar, pois isso seria praticamente dar a bola ao adversário.

É verdade que Luiz Phellype não é um grande ponta de lança, mas é o que temos e ontem foi ele que resolveu com um belo golo de cabeça, o que só confirma tudo o que atrás se referiu.

No resto Jorge Silas tem razão quando disse que este foi um dos melhores jogos da equipa, que começa a conseguir pôr em prática as ideias do seu treinador, mesmo que desta vez para variar tenha sido sem o melhor Bruno Fernandes.

No entanto temos sempre de ter em conta que do outro lado estava um modesto Moreirense, que não tem a organização defensiva mostrada pelo Gil Vicente e muito menos a qualidade de outras equipas que vão aparecer no caminho do Sporting, como por exemplo o LASK, ou mesmo o Santa Clara, isto já para não falar nos jogos de Janeiro.

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