A guerra com as claques

Conforme já anteriormente aqui referi, "decepção" é a palavra que define o meu sentimento em relação ao mandato do Presidente Frederico Varandas neste pouco mais de um ano que passou desde que foi eleito, principalmente no que diz respeito à gestão do Futebol, uma área que ele tinha a vantagem de conhecer por dentro há cerca de 7 anos.

No entanto se há uma coisa em que eu, e julgo que a maioria dos Sportinguistas, estou de acordo com o Presidente, é nesta questão com as claques, que depois de causarem prejuízos de milhões à SAD, agora julgam-se no direito de derrubar uma Direcção para defenderem os interesses de alguns, que há muitos anos que andam a viver à grande à custa do Clube.

É verdade que eles estão sempre lá e que o apoio que dão é por vezes importante, mas também sabemos que são sempre os primeiros a vaiar, ao ponto de até se sentirem no direito de dar um "aperto" nos jogadores e até nos dirigentes.

Neste período turbulento as claques até têm apoiado mais do que é costume, isto atendendo às más prestações da equipa de Futebol, mas isso é apenas uma situação conjuntural e eles também nunca deixam de usar o palco que o Clube lhes cede, quer no Estádio, quer no Pavilhão, para vincarem a sua posição nesta guerra que em nada favorece o Sporting, como a generalidade das restantes bancadas já perceberam.

Esta poderia até ser uma oportunidade para se pôr na ordem estes grupos de foras da lei, mas está-se mesmo a ver que as autoridades se vão limitar a assobiar para o lado porque não estão para se meterem em sarilhos, pelo que vão deixar que a Direcção do Sporting se aguente à bronca, isto pelo menos enquanto a coisa não der para o torto mesmo a sério.

Não sei como é que isto vai acabar, mas louvo a coragem de Frederico Varandas que ao enfrentar um grupo de gente violenta e alguns até perigosos, corre riscos à vários níveis, mas neste momento não se vislumbra uma saída pacífica para uma situação que resulta essencialmente do comportamento das claques habituadas a viver à grande e na impunidade.

Eles não vão largar o Presidente enquanto não o derrubarem, até porque ele se encontra acossado de outros lados e numa posição de grande fragilidade que o deixa completamente refém dos resultados da equipa de futebol, que não aparenta ter capacidade para ser o escudo protector de que Frederico Varandas tanto precisa e assim todos perdem, principalmente o Sporting que se vai afundando gáudio dos nosso rivais.

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