O plantel 2019/20

Por falta de tempo o Leoceano tem andado parado, mas vou tentar recuperar o ritmo isto numa altura em que não faltam assuntos e em que a época 2019/20 está prestes a arrancar.

Hoje vou fazer uma pequena análise a pré-época do futebol do Sporting que terminou com um balanço pouco animador de 2 derrotas e 3 empates, isto apesar de Marcel Keizer ter quase sempre apostado na base que formou na temporada anterior, embora tenha sido forçado a lançar muitos jovens.

Na baliza Renan que no início da temporada anterior me levantou algumas dúvidas, afirmou-se definitivamente e mostrou-se merecedor da confiança do treinador, tornando-se mesmo no herói das taças, sendo que a promoção de Luís Maximiano a segundo guarda redes demonstra a grande confiança que há no crescimento deste jovem, apontado por muitos como o novo Patrício. Acho que não é por aqui que a equipa vai cair.

Na defesa os titulares da época anterior continuam todos, mas foi contratado Valentin Rosier um lateral direito que ainda não jogou, pois está a recuperar de uma lesão, o que somado a idêntico impedimento de Stefan Ristovski, vai dar uma oportunidade a Thierry Correia, outro jovem que na minha opinião tem potencial para agarrar o lugar, pois tudo indica que Gaspar vai ser dispensado e ainda não percebi a ideia de adaptar Tiago Ilori a este lugar. Bom, para dizer a verdade ainda não percebi porque é que foram recuperar este rapaz.

O centro da defesa foi reforçado por Luís Neto, que pode ser uma boa alternativa à dupla titular e constitui uma melhoria em relação a Pinto, outro dispensado, à semelhança de Jefferson que não conta para o lado esquerdo desde a chegada de Cristián Borja.

Este sector não esteve bem, mostrando muitas dificuldades na saída de bola, mas a verdade é que foram vários os jogadores a chegarem mais tarde, isto já para não falar nas lesões do lado direito que motivaram algumas hesitações do treinador.

Com quase toda a gente de volta, as expectativas estão viradas para o lado direito, onde Thierry Correia vai ter a sua grande oportunidade, enquanto do outro lado resta saber se a opção recai em Marcos Acuña para fazer todo o corredor e dar espaço para a entrada de mais um jogador na ala mas com capacidade para flectir para o meio, ou se o argentino sobe no terreno e abre vaga para Cristián Borja.

No meio-campo Gudelj foi a única baixa no onze titular da época passada, mas Idrissa Doumbia já tinha dado boas indicações e Rodrigo Battaglia vai regressar, isto para além Eduardo Henrique que me parece ser um bom jogador e também pode jogar mais à frente. A dupla Wendel e Bruno Fernandes não oferece discussão, com o brasileiro a começar muito bem a temporada, parecendo apostado em explodir, enquanto para o Capitão já não há adjectivos. Resta-nos rezar para que ele fique.

Nas alas Raphinha parte na frente, mas Gonzalo Plata tem dado boas indicações e ainda não foi possível ver muito de Rafael Camacho, havendo ainda os trapalhões mas explosivos Abdoulay Diaby e Jovane Cabral, isto sem esquecer Marcos Acuña quando a opção for mais conservadora. Enfim muita abundância, pelo que não percebo porque é que se fala na vinda mais um extremo.

Quem parece que não conta para o lugar é Luciano Vietto, o grande reforço desta temporada que até agora nada mostrou, de tal forma que já é apontado como o candidato a flop do ano. Trata-se de um tipo de jogador que me levanta sempre algumas reservas, daqueles que depois de muito prometer começam a andar para trás, restando agora saber se ainda vai a tempo de relançar a sua carreira.

Se Bruno Fernandes sair, Luciano Vietto poderá ter mais espaço desde que Marcel Keizer opte por um 4x4x2 que na época anterior nunca utilizou, caso contrário empurrar o Capitão para a esquerda como se viu nos últimos jogos, não me parece uma grande ideia.

Na frente Bas Dost já fez um grande golo, mas desde que Jesus saiu que a equipa deixou de jogar para ele, o que se reflecte no seu rendimento em termos de golos. Vamos a ver se Marcel Keizer consegue aproveitar o faro de goleador do seu compatriota, ou se prefere a maior mobilidade e agressividade de Luiz Phellype.

Enfim o plantel parece mais equilibrado na defesa e com mais opções nas alas, mas se Bruno Fernandes sair perde-se a alma desta equipa, restando saber como é que Marcel Keizer vai resolver tal problema e quem virá para o lugar do nº 8, pois os 70 milhões de que se fala não jogam e nem vão ficar todos em Alvalade.

Para já temos domingo a Supertaça que atendendo ao que por aí se diz são favas contadas para o Benfica. Depois vem o campeonato com as expectativas um bocado por baixo, mas os Sportinguistas nunca perdem a fé.

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