O VAR à portuguesa

A serie vitoriosa do Sporting foi interrompida por um empate em casa com o Tondela, num jogo que ficou marcado por mais uma expulsão de Stefan Ristovski, que de certa forma equilibrou as forças, mesmo que o segundo golo do Sporting só não tenha acontecido graças a um punhado de excelentes defesas de Cláudio Ramos.

No entanto o Tondela lá conseguiu o empate e houve um período em que o jogo esteve completamente partido, de tal forma que até poderia ter dado para para o torto.

O momento chave desse jogo foi a já referida expulsão resultante de uma intervenção do VAR, que conseguiu detectar um pisão que ninguém tinha visto. Até admito que Stefan Ristovski tenha pecado pois ele nem sequer protestou muito, mas não há nenhuma imagem clara do "crime", pelo que ou o ferreira teve acesso a outras imagens, ou então tem mesmo um olho clínico que eu nunca vi em mais lado nenhum e tenho a certeza de que na Luz ou no Dragão nunca tal coisa aconteceria, mesmo que por lá morem homens como Rúben Dias ou Filipe.

Mas não foi só em Alvalade que o VAR esteve "em grande". No jogo de Vila do Conde Luís Godinho e um seu companheiro calmamente sentados em frente a um monitor, não conseguiram ver no mesmo lance uma falta do tamanho do mundo e um fora de jogo claro. Sinceramente gostava que me dessem uma explicação plausível para tamanha cegueira. Será que Godinho acha que aquilo não foi falta? Será que eles não conhecem a regra do fora de jogo?

O VAR foi uma grande conquista do futebol moderno, mas a sua versão à portuguesa está contaminada por um grupo de árbitros sem qualidade e condicionados por muitos anos de vícios tendenciosos, pelo que assim continua tudo na mesma.

Uma palavra ainda para o treinador do Tondela Pepa, que ao contrário do "pequenino" que treina o Marítimo, não deu o jogo como perdido e foi a Alvalade à procura de pontos mesmo arriscando-se a ficar sem jogadores importante para o jogo decisivo da época, como efectivamente aconteceu. São as tais diferenças.

E pronto o campeonato está decidido. Agora é esperar por um clássico de aquecimento para a Final da Taça de Portugal, onde desta vez não vou estar presente. Só espero que aí o VAR não se apague e sirva para ajudar a arbitragem e não um dos clubes, mas como o Benfica não vai estar em campo pode ser que tudo corra bem.

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