O VAR e o fora de jogo

No passado sábado em Alvalade foi anulado um golo a Raphinha devido a um pretenso fora de jogo num lance muito difícil de analisar, uma situação que foi praticamente ignorada pelos programas especializados nos casos de arbitragem.

Ontem em Braga aconteceu um lance em tudo semelhante na meia final da Taça da Liga, mas como o envolvido foi um jogador do Benfica caiu o carmo e a trindade, de tal forma que agora se descobriu a importância das chamadas linhas tecnológicas para resolver estes casos.

Pois na minha opinião essas famosas linhas não são necessárias e nunca irão resolver esses casos duvidosos de forma indiscutível, pois estamos a falar de centímetros e de centésimos de segundo, sendo que a definição do momento do passe é fundamental e um frame faz toda a diferença. A não ser que me garantam que conseguem criar um sistema que seja capaz de definir o preciso momento em que um jogador toca na bola e a posição exacta de todos os restantes envolvidos. Duvido.

De resto nada disto será necessário. A lei é clara, em caso de dúvida beneficia-se a equipa que ataca, portanto os ficais de linha pura e simplesmente só devem levantar a bandeira quando tiverem a certeza absoluta e sempre que errarem por defeito não devem ser penalizados, mas se o erro for por excesso, então sim mão pesada. É claro que estou-me a referir aos lances que derem golo, nos outros o fiscal de linha deve ser menos mãos largas, pois o VAR não pode corrigir eventuais erros nesses casos. Tudo muito simples.

É claro que depois o Rui Santos pode vir com as suas imagens virtuais para provar que os calções do jogador X estão dois centimetros à frente da unha do dedo grande do pé do jogador Y, mas isso não interessa para nada.

Portanto os golos de Raphinha no sábado e de Pizzi ontem, deveriam ter sido validados, mas a dualidade na analise destes lances por parte da comunicação social é gritante, embora o mais chocante tenha sido ouvir o Vieira a protestar contra a arbitragem, indo ao ponto de chorar o afastamento de alguns árbitros, os tais padres que rezavam as missas encomendadas. Enfim, esta gente continua a viver num sentimento de total impunidade e nem há o minimo pudor de o manifestar publicamente. Até quando?

Comentários