Há coisas que o VAR não resolve

Hélder Malheiro é um dos piores árbitros de que eu me lembro de ver em muitos anos como espectador de futebol, mas o pior é que para além da sua falta de jeito para estas coisas do apito, ele é daqueles que entra em campo com uma camisola vestida, que ontem até era da cor que ele tanto defende.

O jogo nem teve casos particularmente difíceis de analisar mas o apitador encarregou-se de o complicar inclinando o campo sempre que pôde, o que acabou por resultar na expulsão de Stefan Ristovski que ficou de cabeça perdida depois de levar uma cotovelada que o deixou com um balão na testa, sem que tenha sido sequer marcada a respectiva falta, quanto mais mostrado o cartão. É caso para perguntar se ninguém foi capaz de avisar os jogadores daquilo que os esperava.

Mas a brincadeira começou logo aos 7m quando Mikel teve uma entrada por trás perigosíssima ao tendão de aquiles de Wendel, que passou sem a respectiva sanção disciplinar, de resto o 30 do Vitória fartou-se de distribuir fruta até que finalmente viu um amarelo. Dois minutos depois Radosav Petrovic não teve a mesma condescendência da parte do distribuidor de cartões, num lance muito menos grave do que o anterior e que deixou o sérvio condicionado, o que se revelaria fatal na jogada do primeiro golo da partida.

Esta dualidade de critérios foi evidente ao longo de todo o jogo e não se limitou à questão disciplinar que deixou meia equipa do Sporting amarelada, estendendo-se às inúmeras faltas ofensivas inventadas pelo árbitro, que muitas vezes foi o melhor defesa do Vitória.

A coisa foi tal que até o simpático e comedido Marcel Keizer quando questionado sobre arbitragem não resistiu em qualificar Malheiro como "o melhor árbitro" que viu, e olhem que ele já viu gente como o Rui Costa, o Manuel Oliveira ou o Nuno Almeida, entre outros.

Independentemente de tudo isto tenho também de concordar com o treinador leonino quando ele afirmou que o Sporting tinha a obrigação de ganhar em Setúbal e que tudo teria sido mais fácil se tivessem concretizado as oportunidades da 1ª parte, altura em que principalmente Bas Dost desperdiçou algumas bem claras que poderiam ter dado outro cariz ao jogo, pois este Vitória limitou-se a apostar no contra ataque enquanto as suas motas tiveram gasóleo, para depois terminar o jogo com onze jogadores atrás da linha da bola, sempre mais preocupados em queimar tempo do que em jogar à bola e com muita fé no Malheiro.

No fim lá se foram mais 2 pontos contra uma equipa das mais fracas deste campeonato, o que revela que de facto a manta é muito curta e não dá para tapar os buracos, quanto mais para gerir a sobrecarga dos jogos.


Comentários