Foi também no Sporting que iniciou a sua carreira de treinador, primeiro nos Juniores onde ganhou um campeonato e depois na Equipa B onde fez um bom trabalho e até ganhou uma Taça de Honra.
Ao todo foram quase 9 anos no Sporting, acabando por sair de uma forma estranha quando se preparava para iniciar mais uma temporada no comando da Equipa B, mas mesmo assim não foi o suficiente para que tenha ficado, já nem digo a gostar do Clube, mas simplesmente a respeitá-lo.
Regressou ao Sp. Braga como treinador da Equipa B e estreou-se na equipa principal dos minhotos precisamente num jogo frente ao Sporting, e logo com uma vitória em Alvalade, embora na altura fosse apenas o treinador interino.
Daí para a frente sempre que jogou contra o Sporting parecia que tinha comido veneno, destilando ódio até pelos olhos, mas ontem a coisa passou dos limites e talvez seja a altura dele explicar o que é que lhe fizeram de tão mau lá para os lados de Alcochete.
Abel viu coisas que mais ninguém viu e no fim queria que o árbitro fosse ao balneário do Braga pedir desculpa ao seus jogadores e foi ao ponto de atacar de uma forma vil o comentador de arbitragem Pedro Henriques, só porque este tal como ele trabalhou no Sporting.
Sinceramente espero que daqui a alguns dias quando Abel voltar a falar para a imprensa já com a cabeça no seu lugar, haja quem tenha a coragem de lhe perguntar o que é que ele tem contra o Sporting e se não acha que se excedeu de uma forma inqualificável.
É verdade que o Braga entrou melhor e quase aniquilou o Sporting, mas depois até podia ter ido para o intervalo a perder, pois Raphinha e Marcos Acuña tiveram excelentes oportunidades para marcar. Depois na 2ª parte houve aquele remate à barra, mas no fim voltou a ser o Sporting a estar mais perto do golo e no fundo as equipas aceitaram o empate como um mal menor.
Também é verdade que Manuel Oliveira não tem qualidade para arbitrar um jogo deste nível, mas no fim se há quem tenha razões de queixa é o Sporting e até o salvador referiu que faltou coragem ao homem para marcar um penalti que só ele é que não viu, mesmo com a ajuda do VAR.
O golo anulado ao Braga é uma decisão correta resultante de um empurrão evidente a Marcos Acuña, num lance onde o jogador do Braga não teve a mínima intenção de jogar a bola e o penalti reclamado numa jogada com Stefan Ristovski só serve para ridicularizar que imaginou tal coisa.
Abel diz que não tolera as injustiças e que se é assim mais vale a pena acabar com o VAR e até se referiu às linhas do fora de jogo. Será que estava a falar como adepto de outro clube que terá sido prejudicado no dia anterior, o tal clube que lhe espetou meia dúzia sem que isso lhe tirasse o sorriso da cara. Ou será que quem lhe encomendou o discurso foi o seu patrão, que minutos antes tinha dito uma série de barbaridades que ele fez questão de repetir com socos na mesa e tudo.
Pois é meu caro Abel, estas insinuações não são bonitas pois não? Mas todos tem os seus clubes de coração, mesmo os que são profissionais noutros lados e noutras áreas e não é por isso que deixam de ter capacidade para emitir opiniões de forma independente, ou para defender as cores que vestem.
Não quero perder muito tempo com o presidente do Braga, pois estamos a falar de um gajo que há sensivelmente três anos atrás quando o Sporting foi eliminado da Taça de Portugal em Braga, depois de terem anulado um golo indiscutivelmente limpo a Slimani, teve o descaramento de dizer que não se deveria perder tempo com questões de arbitragem, pois o mais importante era realçar a qualidade do espectáculo proporcionado pelas duas equipas.
No entanto tenho de dizer que talvez fosse melhor que ele se preocupasse com o facto de num jogo destes não ter conseguido mais do que meia casa e mesmo assim com muitos Sportinguistas. Nisso o Braga está a anos luz dos seus rivais de Guimarães. Porque será?
Por muitas dores que isso cause aos lampiões do norte com os comentadores da Sport TV à cabeça, o Sporting está mais uma vez na Final, coisa que sem VAR talvez não tivesse sido possível, mesmo que o Oliveira se tenha recusado a usar a ajuda que teve o que nos poderia ter poupado ao sofrimento dos penaltis numa noite épica para Renan. Agora que escapámos à humilhação desejada, esperemos escapar à goleada anunciada.
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