A eliminatória parecia resolvida, mas um golo fortuito resultante de um desvio infeliz de Bruno Gaspar reacendeu as esperanças do Rio Ave que apostou tudo no reatamento, altura em que se percebeu que inevitavelmente iriam acontecer mais golos.
O jogo tornou-se vertiginoso pois este Sporting prefere marcar mais golos do que defender a vantagem e foi assim que se chegou ao 5-1, mas a verdade é que o 3-2 também poderia ter acontecido.
No fim o árbitro ainda inventou um penalti, para coroar uma actuação estranhamente tendenciosa, num jogo que até foi fácil de arbitrar, mas que este Pinheiro tudo fez para complicar.
O futebol de ataque introduzido por Marcel Keizer é realmente espectacular, mas esta equipa joga sempre na vertigem e parece incapaz de controlar os adversários quando se apanha em vantagem, o que acaba por nos deixar com o coração nas mãos, sempre à espera de levar mais um golo.
Já lá vão 7 jogos e 7 vitórias com 30 golos marcados, mas o que mais se ouve por aí é que esta abundância não vai durar sempre e que estará para breve um espalhanço que nos traga de volta à realidade, e não são só os nossos adversários que suspiram por isso, pois infelizmente também há sportinguistas à espera da sua oportunidade para puderem bater.
Mesmo aqueles que acima de tudo gostam do Sporting desconfiam de tanta abundância, é que realmente não estamos habituados, ou por outra, estamos escaldados e o próximo jogo é sempre aquele que nos assusta. Neste caso Guimarães será mais um teste ao "tikikaiser" e não falta quem diga que desta vez é que se vai ver se a mestria táctica dos treinadores portugueses, pois até agora o Kaiser só enfrentou equipas fracas.
Por mim só espero que esta conversa se mantenha até ao jogo com o Porto. Aí eu também vou querer ver como é que esta equipa se safa, sempre na esperança que Marcel Keizer consiga até lá encontrar algum equilíbrio e que o mercado de Janeiro nos traga boas novidades.
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