Castigos confirmados

15 dias depois da última Assembleia Geral, os sócios do Sporting voltaram a reunir-se, desta vez no Pavilhão João Rocha e numa tarde de sábado, o que naturalmente permitiu uma maior afluência dos Sportinguistas, pelo que foram cerca de 4 mil os Leões que se deslocaram a Alvalade para darem o seu parecer sobre os castigos aplicados pela Comissão Disciplinar aos 6 resistentes da Direcção anterior e aos 2 juristas que aceitaram participar na lamentável comissão transitória da mesa da assembleia geral inventada por Bruno de Carvalho, na sua ânsia de se manter no poder.

A chamada ala brunista compareceu em peso na esperança de que os Sportinguistas tivessem medo das confusões e não aparecessem, mas Rogério Alves desta vez não se distraiu e foi logo garantindo a segurança para toda a gente, ao mesmo tempo que permitiu que os visados se defendessem durante 15 minutos e que os sócios pudessem simplesmente votar e ir para casa.

Na minha opinião as urnas só deveriam ter aberto depois dos 8 visados exporem as suas razões, mesmo que para isso tivessem menos tempo para falar, vá lá 10 minutos e, que os trabalhos começassem mais cedo, mas pronto, o que interessava era que participassem o maior número possível de sócios, o que foi conseguido, daí que os resultados tivessem mais uma vez traduzido aquilo que a maioria dos Sportinguistas pensam sobre o que aconteceu nos últimos meses.

É também curioso perceber que os resultados não foram bem iguais para todos. José Quintela (63%), Carlos Vieira e Luís Gestas (64%) e Rui Caeiro (65%) foram menos penalizados do que os outros, o que eu compreendo pois também teria votado na sua despenalização, afinal o grande erro que cometeram foi o de não se terem demitido. No entanto devo dizer que li e não gostei da defesa apresentada por Carlos Vieira que não reconheceu um único erro, coisa que até Bruno de Carvalho teve a humildade de fazer.

Depois Alexandre Godinho que sendo jurista acompanhou Bruno de Carvalho até ao fim, foi mais penalizado (67%) o que também se percebe, enquanto o presidente destituído foi de todos os membros da anterior Direcção o mais castigado com 68% a confirmarem a penalização aplicada, o que atendendo aos actos por ele praticados até é uma margem abaixo daquilo que eu esperava. No entanto só estiveram presentes cerca de 4000 sócios, estou convencido que quanto mais gente votasse maior seria a percentagem dos que ratificaram o castigo.

Elsa Judas (70%) e Trindade Guedes (68%) acabaram por pagar pelas tristes figuras a que se prestaram e são realmente personagens que não despertaram simpatias, nem tinham atenuantes, mas a expulsão parece-me um castigo excessivo. Uma penalização mais pesada seria na minha opinião o adequado, como de resto em relação a Bruno de Carvalho para o qual um ano de suspensão me parece curto, principalmente comparando com os 10 meses atribuídos aos outros.

No entanto ainda há processos em curso e até uma recomendação da Comissão de Fiscalização no sentido da expulsão de Bruno de Carvalho, algo que eu espero sinceramente que não se verifique. Compreendo que se alargue o período de suspensão do anterior presidente, agora a expulsão parece-me uma punição excessiva, a não ser que se prove algo de mais grave, o que desejo que não se confirme.

Para já parece-me importante que se perceba que uma Assembleia Geral para confirmar a expulsão de Bruno de Carvalho pode ter resultados diferentes desta e que para bem de um certo apaziguamento dos ânimos, estará na altura de ter alguma clemencia e bom senso.





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