A primeira derrota de Keizer

Finalmente chegou o dia da derrota do Sporting de Marcel Keizer, só que ao contrário do que tinha sido anunciado essa derrota não resultou dos desequilíbrios do futebol vertiginoso imposto pelo treinador holandês, mas simplesmente da incapacidade que a equipa revelou para impor esse futebol perante um Vitória de Guimarães que foi melhor.

O jogo até começou com algum equilíbrio mas o golo do Vitória, um pouco fortuito diga-se, colocou as coisas no ponto de rebuçado para os vimaranenses e não fosse a soberba exibição de Renan a derrota teria sido mais pesada.

Marcel Keizer ainda jogou a cartada Raphinha que resultou durante alguns minutos e foi pena o brasileiro não ter concretizado aquela oportunidade que teve logo no início da 2ª parte, mas depois o treinador holandês olhava para trás e a única opção de ataque que tinha era Carlos Mané.

O plantel do Sporting é realmente muito desequilibrado e sem três titulares pior fica, isto já para não falar de Fredy Montero que é sempre uma boa opção no banco, ou de Rodrigo Battaglia que esta época já não conta. Como se tudo isto não bastasse nos sub 23 não há muito por onde escolher e sem dinheiro o mercado de inverno não vai resolver todos esses desequilíbrios, quanto muito poderá compor a coisa.

No fim Marcel Keizer reconheceu a justiça do resultado e as dificuldades resultantes de um atraso de 5 pontos em relação ao FC Porto, mas esta não é a altura para baixar os braços e o holandês tem três jogos para ganhar nos próximos 15 dias, e ao mesmo tempo terá de preparar a equipa para o confronto com os portistas que agora se tornou de vitória obrigatória. Uma tarefa difícil mas não impossível.

Notas finais para os adeptos vitorianos que deram um bonito espectáculo demonstrando que são de longe o quarto grande nesta matéria, em oposição aos lampiões de Braga. Lamentável o facto dos apoiantes do Sporting só terem entrado a meio da 1ª parte, alguém deverá ser responsabilizado por isto, as pessoas pagam o seu bilhete é para verem o jogo todo. Finalmente um aplauso para a arbitragem que é inextensível ao VAR. À excepção do amarelo a Bruno Gaspar não há nada a apontar.

Bom Natal a todos.

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