O fim da linha

Depois da vitória por 3-1 sobre o Marítimo na 1ª jornada desta Taça da Liga, o Sporting recebeu um clube da 2ª Liga em Alvalade e José Peseiro fez aquilo que se impunha nesta fase da época, apostando num onze maioritariamente constituído por segundas linhas, ao mesmo tempo que aproveitou para dar alguns minutos a Bas Dost, que mostrou muita vontade neste seu regresso à competição, naquele que terá sido o único ponto positivo deste jogo para o Sporting.

O resto foi realmente muito mau e o que pode concluir daqui é que este plantel tem muitas lacunas a nível de banco, de tal forma que ontem apenas podemos dar uma nota positiva a Radosav Petrovic que dentro das suas limitações cumpriu o papel que lhe foi atribuído e aos primeiros 20/30 minutos de Wendel.

A verdade é que temos vários jogadores que pura e simplesmente não tem categoria para jogarem no Sporting, alguns dos quais até custaram uma pipa de massa sem que até agora tenham justificado minimamente o investimento. E aqui tenho de perguntar o que é que Abdoulay Diaby e Nemanja Gudelj tem mais do que Matheus Pereira ou Francisco Geraldes?

Para além disso temos alguns casos estranhos, como o de Jefferson que fez uma boa época em Braga mas que chega ao Sporting e é uma desgraça, ou André Pinto que até tem cumprido quando é chamado, mas que nestes jogos aparentemente mais fáceis mete água por todos os lados, sendo que ontem enterrou-se por completo, oferecendo dois golos ao Estoril que enterraram um treinador que já só tinha a cabeça de fora.

José Peseiro tem razão quando diz que fez a gestão de esforço do plantel que tinha de fazer, mas espalhou-se por completo quando afirmou que a equipa até tinha jogado bem e que merecera outro resultado.

Felizmente que apenas compareceram em Alvalade perto de 11 mil almas, pois caso contrário o efeito dos assobios e das vaias que se ouviram no final do jogo, teria sido muito mais devastador.

O resultado deste jogo condenou o Sporting a uma final antecipada a disputar na Vila da Feira, onde não haverá espaço para gestões de esforço, enquanto Peseiro abriu a porta para um despedimento anunciado e que se tornou praticamente inevitável, mas isso fica para outro dia.

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