O jogo que não se podia perder

Todos já tínhamos percebido que este Sporting estava a jogar nos limites com resultados que por vezes até foram melhores do que as exibições, mas também eram mais do que conhecidas as circunstâncias em que esta equipa foi construída, pelo que não se podia exigir muito mais.

José Peseiro estava consciente da importância deste desafio de Portimão, de tal forma que até arriscou bastante ao jogar em Poltava com uma equipa de retalhos e na antevisão ao jogo foi avisando que era preciso dar tudo. O treinador sabia que estes 3 pontos lhe iriam dar alguma folga, principalmente numa jornada de Benfica-Porto e a anteceder mais uma paragem para as Selecções que poderia permitir a recuperação dos lesionados e dar um novo fôlego à equipa.

No entanto a resposta não poderia ter sido pior. O Sporting de Portimão foi uma equipa passiva que se limitou a ver o seu adversário jogar, e bem, falhando em todos os capítulos, principalmente na organização defensiva, de tal forma que sofreu de uma assentada tantos golos como os que tinha encaixado nas seis jornadas anteriores.

Há que dar mérito ao Portimonense, mas também temos que dizer que houve jogadores que estiveram muito abaixo dos mínimos exigíveis, sendo que aqui os nomes de Romain SalinStefan Ristovski e Rodrigo Battaglia foram aqueles que mais penaram.

Na frente Bruno Fernandes é outro que está longe do seu melhor e Jovane Cabral ainda tem muito para aprender. O rapaz farta-se de levar porrada mas a verdade é que também cai com muita facilidade pelo que começa a estar marcado pelos árbitros.

Na 2ª parte com a entrada do Capitão Nani tudo melhorou e a esperança reacendeu-se, mas do outro lado estava uma boa equipa que teve um japonês inspiradíssimo, que aproveitou os espaços concedidos na altura do arriscar tudo e matou o jogo.

Com esta derrota regressámos todos à terra e já se percebeu que com esta equipa só mesmo por milagre é que poderemos competir com os outros dois grandes, mas na verdade este era o jogo que não se podia perder. Mas perdeu-se, pelo que agora só nos resta esperar que Jérémy Mathieu e principalmente Bas Dost regressem depressa e aguentar o barco até Janeiro, altura em que será necessário corrigir alguns desequilíbrios do plantel, logo a começar pela baliza.

É caso par se dizer que esta paragem vem mesmo a jeito.


Comentários

  1. Caro To-mané, não achas que apesar de todas as limitações do plantel e da preparação descuidada da pré época, esta equipa já deveria estar a jogar muito mais?
    Pela minha parte estou muito desiludido com Peseiro. Esperava um futebol bonito e ofensivo, temos exatamente o contrário. O meio-campo não funciona e ele insiste sempre no mesmo duplo pivot.
    Nem sei o que dizer do futebol da equipa... e não se resume só as ausências, parece que não há treino nem ideias...
    Saudações leoninas,
    Atento SCP

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    1. É óbvio que Peseiro não é um grande treinador com a agravante de estar marcado, principalmente no Sporting. Talvez por isso ele tem sido sempre muito cauteloso e eu compreendo essas opções, por isso mesmo é que considero que não se podia perder este jogo. Ganhá-lo teria trazido confiança aos jogadores e tranquilidade ao treinador para aproveitar esta paragem para trabalhar a equipa e recuperar os lesionados.

      Foi pena, mas este resultado esteve sempre ali ao virar da esquina. O Sporting desta época, com este treinador, com um plantel desequilibrado, com jogadores sob brasas e outros presos por arames, com pouca tolerância nas bancadas, com um circo montado na internet, com uma Direcção a gatinhar, não pode pensar em grandes feitos.

      Por tudo isto o maior pecado que eu aponto a Peseiro é o de ter tido a coragem de se meter neste Sporting.

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