As mudanças de Peseiro

O Sporting ganhou em Poltava num jogo onde José Peseiro optou por poupar alguns titulares, o que somado às ausências por lesão, transformou a equipa numa manta de retalhos que dificilmente poderia ter produzido uma exibição convincente.

Para agravar a situação o Vorskla marcou cedo, aproveitando um mau corte de André Pinto e a partir daí a equipa ucraniana plantou-se confortavelmente à frente da sua baliza, enquanto o Sporting ia tentando entrar naquela muralha, mas sempre com muitas dificuldades, o que obrigou José Peseiro a mexer, primeiro no posicionamento de alguns jogadores e depois a arriscar tudo nas substituições.

Estavam as crónicas e as pedras já todas prontas para desancar na equipa e no treinador do Sporting, quando lhes saiu o jackpot com uma reviravolta inesperada já em cima do apito final, graças a um golão de Fredy Montero e ao amuleto da sorte que tem sido Jovane Cabral.

José Peseiro é um treinador com vários estigmas, desde pulso mole, passando por pé frio, até perdedor nato, mas nesta sua segunda passagem pelo Sporting tem feito tudo para mostrar uma cara nova e depois de se ter aguentado com os casos de indisciplina, lá vai ganhando e desta vez até teve alguma sorte, pelo que no fim bem pode dizer que ganhou o jogo graças às suas substituições.

Com esta vitória o Sporting ficou numa posição tranquila neste grupo, mas não podemos deixar de apontar o dedo às exibições pouco conseguidas de alguns jogadores, principalmente aqueles que tinham ali a sua grande oportunidade para mostrar serviço.

Se em relação a Carlos Mané é perfeitamente compreensível o seu baixo rendimento, o mesmo já não se poderá dizer da exibição desastrada de Bruno Gaspar, ou da estreia a titular de Abdoulay Diaby, que jogou mais de costas para a baliza do que virado a ela e que às vezes pareceu ter medo da bola.

Este ciclo fecha-se domingo em Portimão, esperemos que com outra vitória e sem assobios.

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