A caminho de Moreira de Cónegos

Frente ao Empoli José Peseiro apresentou aquele que provavelmente será o onze com que o Sporting irá arrancar para o campeonato já no próximo fim de semana, embora ainda possam haver algumas dúvidas em relação a Josip Misic, que no entanto devem ter ficado desfeitas com os resultados da entrada de Wendel, que passou a jogar mais próximo de Bruno Fernandes, com prejuízos evidentes em termos de controle no meio campo.

Em comparação com o jogo com o Marselha, Rodrigo Battaglia e Bas Dost acrescentaram muita qualidade à equipa, com o argentino a mostrar um impressionante pulmão, principalmente atendendo à altura da época e aos poucos dias de trabalho que tem, enquanto o holandês veio dar presença na área, mesmo que não tenha acertado na baliza, apesar de alguma boas oportunidades.

Bruno Fernandes esteve uns furos abaixo daquilo que tinha mostrado no dia do seu regresso a Alvalade, e talvez por isso faltou sempre alguma coisa no momento das definições, para além da falta de explosão e de velocidade nas alas, onde Nani é hoje um jogador mais pausado do que já foi e Marcos Acuña não é bem um extremo.

De resto qualquer um destes jogadores pode jogar mais pelo meio, abrindo espaço para a entrada de Raphinha ou Matheus Pereira, dois jovens que andam à procura de um lugar na equipa, numa posição onde paira a sombra de Gelson.

Há ainda a referir que o golo do Empoli nasceu de um lançamento de linha lateral que foi cedido graças a mais uma aventura de Emiliano Viviano, um guarda-redes que tem de perceber que não pode inventar problemas.

No fim pode-se dizer que foi um ensaio geral com coisas boas, mas aquela história do "pé frio" de Peseiro é como a das bruxas, não acredito, mas que as há, há.


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