O problema das claques

O problema das claques não é de agora mas o ataque a Alcochete ficará para a história do Sporting e particularmente da Juventude Leonina, como uma mancha difícil de apagar.

Em vésperas do regresso do Futebol a Alvalade com o jogo de apresentação do plantel 2018/19 marcado já para o próximo sábado, a Comissão de Gestão promoveu uma conferência de imprensa em conjunto com os lideres das quatro claques do Clube, com o claro intuito de transmitir um clima de tranquilidade, de união e de paz, entre as claques, os jogadores e o resto das bancadas.

Percebe-se a ideia e todos reconhecem a importância das claques principalmente pela animação e força que transmitem às equipas, marcando presença em todos os campos e pavilhões onde o Sporting se desloca. Os jogadores gostam e sentem que o apoio vindo das bancadas ajudam-nos a superarem os adversários.

Se fosse só por aí não havia nada a dizer, no entanto as claques transformaram-se numa força dentro dos clubes e são utilizadas para outros negócios de tal forma rentáveis que há quem viva exclusivamente à conta deles. Para além disso as claques tem a noção do poder que representam e quiçá inspirados por um Presidente que já foi um deles, acharam-se donos do Clube e acabaram por borrar a pintura, com graves prejuízos para todos.

Agora Torres Pereira e Sousa Cintra tentaram demonstrar que as calques do Sporting estão domadas e que até são uma coisa muito boa para o Clube, mas de nada servirão estas boas vontades se a bola começar a passar ao lado das balizas adversárias, embora seja garantido que mais do que nunca todas as atenções estão viradas para a curva sul. Vamos la a ver como é que eles se comportam.

Os pré candidatos às eleições de 8 de Setembro tem tratado com pinças, ou mesmo evitado o problema das claques, pois todos sabem que neste momento falar do assunto é pisar gelo fino. No entanto há coisas de que não pudemos fugir e a próxima Direcção do Sporting Clube de Portugal terá de lidar com firmeza com as claques que são importantes no apoio às nossas equipas, mas é apenas esse o seu desígnio, pelo que nunca se poderão achar donos do Clube e nem sequer mais importantes do que o resto da massa adepta.

É também fundamental que as claques nunca mais tenham o descaramento de exibirem faixas de apoio aos anormais que foram presos na sequência do assalto a Alcochete. Não basta suspendê-los preventivamente para sportinguista ver. O repúdio por aquele disparate que custou muito caro ao Sporting tem de ser claro e efectivo e na parte que me toca ao castigo que a justiça lhes aplicará, deve acrescer um pedido de indemnização pelos prejuízos causados, a expulsão de todos aqueles que forem sócios e a proibição definitiva de entrarem nas instalações do Sporting.

Há que ir até às últimas consequências para mostrar aos muitos que estão cá fora desejosos de que tudo corra mal para poderem espalhar o ódio e a violência e imporem as suas ideias, que o Sporting tem um ADN e uma história a preservar e nunca será tomado por um bando de selvagens.

Comentários