Assim não VAR a pena

Hoje não me apetece muito escrever sobre o jogo com o Feirense, pois foram apenas 18 minutos de bom futebol, até que o Sporting marcasse um golo que já merecia. O resto ficou estragado pelo aVARiado de serviço e daí para a frente tudo mudou, com a justificada indignação das bancadas e a desorientação de um árbitro, que já de si é muito fraco, a transformarem o jogo numa pilha de nervos, de tal forma que até eu me passei dos carretos no meu sofá e já não podia ouvir as banalidades do Vidigal, que deve achar que os espectadores não se podem manifestar para não enervarem os meninos que estão no campo.

O que valeu foi o Rui Patrício e o William Carvalho, pois não tivesse o Sporting ganho ia ser o bom e o bonito. No fim escaparam os 3 pontos obrigatórios e a notícia de que temos um novo craque nas mãos sábias de Jorge Jesus. Talento não lhe falta, mas eu que já o vi jogar muitas vezes, vou desde já avisando que correr é coisa que este rapaz não gosta muito, pelo que se ele não mudar de atitude, em vez de um novo Jordão, bem poderemos ter outro Alan Ruiz.

Posto isto vamos ao que interessa dizer sobre o maior dos disparates do VAR à portuguesa, e olhem que não tem sido poucos, mas este Oliveira conseguiu ultrapassar tudo o que já se tinha visto nesta ampla área de intervenção na arte de mal ajuizar. Sim porque pior de não ajudar, é atrapalhar.

Em primeiro lugar há que dizer que juntar o Oliveira ao Ferreira, é o mesmo que juntar o vento à chuva, ou seja temos temporal garantido, porque estes são talvez os dois piores árbitros da 1ª categoria, e olhem que não é fácil garantir tal posição, tantos são os concorrentes com amplos currículos na matéria.

Quanto ao lance da polémica, tenho logo à partida de referir que pelo menos no que diz respeito aos jogos dos grandes, não me lembro de nenhum golo que tivesse sido anulado pelo VAR por causa de um pequeno empurrão lá atrás no início da jogada, ao que se diz porque os chamados casos de intensidade não são indiscutíveis, pelo que prevalece a avaliação do árbitro de campo, dentro do tal princípio da mínima interferência. Mas se afinal quisermos ser rigorosos, assim de repente lembro-me de várias jogadas em que o VAR poderia ter intervido pelo menos para aconselhar o visionamento das imagens pela parte do homem do apito, sem que o tenha feito.

Portanto o Oliveira resolveu inovar e fê-lo duplamente, pois para além de ter sido o primeiro a querer anular um golo nas condições que acabei de referir, ainda o fez atropelando o que está protacolado, pelo que fiquei sem perceber se o que ele queria era mesmo inovar, ou se a sua vontade seria apenas impedir que o Sporting marcasse.

De resto, depois de ter induzido o árbitro em erro ao mostrar-lhe imagens anteriores ao início da jogada, de acordo com o que está estipulado, este artista dispensou o seu companheiro de campo do visionamento de um lance muito duvidoso na área do Feirense, recuperando o tal princípio da não interferência em casos discutíveis. Vá lá que quando foi para emendar o erro de um Luís Ferreira visivelmente atarantado, o nosso Oliveira conseguiu, e bem, ver que a bola tinha batido na cabeça e não no braço de Ramos. Afinal o homem sabe usar o VAR, o outro é que já não conseguia distinguir o rádio, da orelha. É caso para dizer que não tem ouvido para a musica, nem jeito para o apito.

O que eu agora queria é que o Oliveira nos explicasse se ainda não percebeu como é que deve funcionar o VAR, ou se a sua vontade de anular aquele golo era tanta, que nem deu por isso que aquela suposta falta contava tanto para a validação do mesmo, como outra qualquer que tenha sido cometida no primeiro minuto do jogo. Pensando bem é melhor não dar ideias a estes artistas, se não os jogos do Sporting ainda acabam todos zero a zero, pois haverá sempre uma falta lá atrás antes de um qualquer golo, a não ser que se marque na primeira jogada e mesmo assim nunca se sabe o que eles podem descobrir.

A minha única dúvida é se estes rapazes são mesmo tão maus, tão maus, que não conseguem fazer bom uso de uma ferramenta tão válida como aquela que lhes puseram nas mãos, ou se o que eles querem mesmo é descredibilizar o VAR. De uma forma, ou de outra estou muito curioso para saber quem é que vai descer de categoria no final da temporada. Será que não é possível fazer um alargamento também para as descidas?


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