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Antes do jogo de Astana Jorge Jesus afirmou que o Sporting podia aspirar a atingir a final da Liga Europa, declarações que por um lado revelavam a ambição do treinador em corresponder ao desafio que o Presidente lhe fez no Natal, mas que por outro poderiam ser vistas como algo arrogantes perante um adversário considerado menor.

O que é certo é que o treinador do Sporting, exceptuando o caso de Jérémy Mathieu, não esteve com poupanças e até optou por um meio campo desenhado em triângulo com dois vértices ofensivos, o que revelava a sua vontade de resolver logo a eliminatória no campo do adversário.

No entanto o Sporting foi surpreendido pela entrada com tudo do Astana, uma equipa com um futebol vertical e pouco rendilhado, que aproveitou uma fase inicial em que os Leões pareciam estar todos a dormir, para se adiantar no marcador e criar muitas dificuldades ao Sporting, que teve uns 20/25 minutos algo difíceis.

Com o tempo começou a faltar fôlego ao Astana e não fosse o fiscal de linha, Seydou Doumbia teria empatado ainda antes do intervalo. Venha de lá a UEFA castigar o Presidente do Sporting porque clama pelo VAR, enquanto Ceferim teima em resistir à mudança que é inevitável. Quem como nós em Portugal já tem o privilégio de usufruir desta revolução, já não suporta o futebol mentiroso do passado, isto apesar da falta qualidade de alguns árbitros que nenhum VAR vai resolver, de tal forma que às vezes até parece má vontade da parte desses artistas do apito.

Mas adiante, para concluir há que dizer que de certa forma o Sporting acabou por ser feliz, pois correu alguns riscos na 1ª parte, mas resolveu rapidamente na 2ª, com três golos de rajada que transformam o resto do jogo num treino caracterizado pelas trocas de bola, que deram cabo da cabeça aos azeris e no fim o resultado até poderia ter sido mais pesado, o que seria de certa forma injusto, depois do esforço da equipa da casa que com as suas limitações fez aquilo que pôde.

De qualquer forma o objectivo foi atingido e a eliminatória está praticamente resolvida, o que vai permitir que Jorge Jesus possa gerir o plantel da melhor forma, nesta fase muito sobrecarregada da época, onde ainda há mais três jogos para ganhar antes do decisivo regresso ao Dragão.



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