Uma tempestade perfeita

Depois de um empate na Luz com um sabor amargo, não só pela exibição, mas também porque a vitória escapou por pouco e de uma forma perfeitamente evitável, o Sporting regressou a Alvalade para receber um Marítimo que já mostrou diversas vezes não ser um adversário fácil.

As lesões obrigaram Jorge Jesus a mexer na defesa, mas para além disso o treinador leonino optou por dar algum descanso a Marcos Acuña e voltou a apostar em Daniel Podence como companheiro de Bas Dost na linha da frente.

Perante tudo isto ninguém esperava facilidades, mas em Alvalade assistiu-se àquilo que se pode chamar uma tempestade perfeita, que começou devagarinho e acabou nuns contundentes 5-0.

Ainda houve tempo para um susto, quando Diney falhou uma bela oportunidade na sequência de um livre. De resto a estratégia do Marítimo era clara, aguentar o máximo e apostar num contra ataque, ou numa bola parada. O pior foi que o Sporting marcou na primeira vez que conseguiu contornar o autocarro e antes do intervalo foi por milímetros que Bas Dost não fotocopiou o 1º golo.

Do Marítimo é que continuou a não se ver nada. Aliás o treinador dos madeirense foi bem claro no fim do jogo, no que diz respeito à falta de ambição da sua equipa, que segundo ele luta apenas para não descer de divisão.

Na 2ª parte esperava-se alguma reacção do Marítimo, mas o 2-0 surgiu no momento certo e logo Jorge Jesus mostrou que não estava para brincadeiras, mudando o fato à sua equipa, mas há dias em que tudo corre bem, pelo que logo a seguir às substituições que pareciam um sinal para travar, veio o 3-0 e a nota artística, para que toda a gente saisse feliz de Alvalade.

Bas Dost com mais 3 golos e um Bruno Fernandes em bom plano, foram os destaques da equipa, mas os que entraram cumpriram, principalmente Stefan Ristovski, que até me parece melhor do que Cristiano Piccini. Tomara que houvesse tanto equilíbrio de valores em todas as posições.

Bryan Ruiz até marcou um golo, mas de todos é aquele que me parece ter menos pedalada e Iuri Medeiros que entrou com a maré a encher, também não destoou, mas fica sempre a sensação que podia fazer muito melhor.

Chega assim ao fim a 1ª volta com um balanço de 13 vitórias e 4 empates, o que não pode deixar de ser considerado positivo, mas num campeonato onde não tem havido muitas escorregadelas ainda está tudo em aberto, portanto há que continuar com o pé no acelerador, até porque na próxima jornada pelo menos um dos dois que vem logo atrás vai escorregar.

Pelo meio a Taça frente ao Cova da Piedade é já a seguir e certamente que Jorge Jesus vai continuar a rodar alguns jogadores, mas sem exageros, para não dar para o torto.

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