Primeiro objectivo alcançado

O Sporting atingiu o primeiro objectivo da época assegurando um lugar na Liga Europa e fê-lo de forma categórica, ganhando os dois confrontos com o seu adversário directo, para além de ter conseguido um pontinho com a Juventus.

É verdade que o discurso oficial sempre apontou para a passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões, o que de resto ainda é matemáticamente possível, mas convenhamos que perante adversários tão poderosos era muito difícil e as hipóteses que nos restam são altamente improváveis, mesmo que o baixinho não jogue.

Agora só espero uma prestação digna em Barcelona e depois então sim, na Liga Europa o objectivo tem de ser ganhar, mesmo que por lá andem clubes como Arsenal, Milan, Lázio e provavelmente Atlético de Madrid, Borussia Dortmund ou Nápoles.

Já aqui escrevi várias vezes que o melhor que pode acontecer aos grandes clubes portugueses é participar na fase de grupos da Liga dos Campeões para facturarem algum dinheiro e depois passarem para a Liga Europa, onde efectivamente podem ir longe e somar pontos para os rankings.

Reparem que se o FC Porto conseguir o apuramento, terá à sua espera nos oitavos de final clubes como Barcelona, PSG e provavelmente os cinco representantes da Premier League, ou seja as suas hipóteses de ir mais além são muito reduzidas, enquanto se forem parar à Liga Europa tudo será possível, até ganhar.

Quanto ao jogo de ontem, o Sporting cumpriu com nota alta, entrando muito bem, de tal forma que no primeiro quarto de hora André Pinto atirou uma bola ao poste, enquanto Bas Dost e Bruno Fernandes desperdiçaram excelentes oportunidades para inaugurarem o marcador.

Depois o Olympiacos conseguiu enjaular o jogo à espera de uma oportunidade para deferir um golpe no Leão, mas curiosamente os golos que não tinham acontecido no melhor período do Sporting, apareceram quando já havia algum equilíbrio e foram logo dois de rajada que feriram de morte os gregos. O futebol é assim mesmo.

O 3-0 também surgiu na altura certa e até permitiu que Jorge Jesus desse descanso a quem bem entendeu, sem que as suas substituições pudessem ser alvo de discussão.

No fim lá tivemos mais uma demonstração da falta que o VAR faz. Isto quando se dá um passo em frente, custa muito ter de voltar atrás.

Foi pois um jogo quase perfeito, onde há a saudar os regressos dos lesionados, que estiveram todos em bom plano e se Cristiano Piccini não acrescenta grande coisa em relação a Stefan Ristovski, os outros dois fazem toda a diferença. Quem teve uma noite má foi Bruno Fernandes, acontece aos melhores.

Agora, como diz o treinador, vamos lá mudar o chip.

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