O jogo que não se podia perder

O empate do Sporting em Moreira de Cónegos condicionou de forma determinante o clássico de ontem, que passou a ser o jogo que o Sporting não podia perder, sob pena de ver o FC Porto embalar na frente com uma confortável vantagem de 5 pontos. Por outro lado para os portistas este passou a ser apenas o jogo que não queriam perder e que ambicionavam ganhar.

Sendo assim o empate era o resultado mais provável, pois tudo apontava para um jogo onde ninguém ia querer correr grandes riscos e de facto os primeiros minutos confirmaram esse cenário do toca e foge.

No entanto à medida que o tempo foi passando o FC Porto foi ganhando a luta do meio campo e os últimos 20/25 minutos da 1ª parte foram pintados em tons de azul e branco, valendo então Rui Patrício e a barra para segurar o nulo com que se chegou ao intervalo, pelo qual todos os sportinguistas já suspiravam, principalmente depois daquelas aflições nos últimos minutos da 1ª parte.

No balneário Jorge Jesus corrigiu posições e a 2ª parte foi mais equilibrada, talvez até com um ligeiro ascendente do Sporting, mas depressa se percebeu que quando as forças começassem a faltar, a chave deste jogo poderia estar nos erros que viessem a acontecer.

O primeiro a cometê-lo foi Danilo, mas Bruno Fernandes não aproveitou e foi logo substituído, pois segundo o treinador era um dos jogadores mais desgastados. Já mais perto do fim foi a vez do Sporting falhar, numa desatenção resultante de uma hesitação da equipa de arbitragem num lançamento de linha lateral, mas aí Rui Patrício disse mais uma vez presente.

E assim se chegou ao fim com um empate a zero bolas que deixou tudo na mesma, embora tenha sido o FC Porto a sair com um sorriso estampado na cara, pois a equipa portista jogando fora de casa até esteve mais perto da vitória do que o Sporting e com este resultado continuou na liderança do Campeonato.

Quanto ao Sporting, sofreu um bocadito, mas saiu inteiro do complicado mês de Setembro, embora haja alguns sinais preocupantes, como a dificuldade em fazer chegar a bola a Bas Dost, ou a falta de soluções no banco, que fizeram com que Jorge Jesus  praticamente só tenha feito uma substituição, pois Daniel Podence entrou mesmo já à beira do fim, numa daquelas alterações que não se percebem.

Agora vamos ter uma paragem que se espera possa servir para acertar agulhas até ao novo ciclo, que engloba dois jogos com a Juventus, uma deslocação a Vila do Conde e a recepção ao Sp. Braga.

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