O FC Porto e os seus adeptos que durante anos a fio defenderam o indefensável perante as famosas escutas do "Apito Dourado", assumem-se agora como os grandes defensores da verdade desportiva e mostram-se escandalizados ao verificar que o Vieira decalcou em tons avermelhados o que aprendeu com o seu antigo amigo Costa. É incrível mas é verdade.
O Benfica, os seus adeptos e toda a sua poderosa máquina de comunicação, mostram-se visivelmente atrapalhados, de tal forma que os números cómicos por eles protagonizados são verdadeiras rajadas nos próprios pés.
A estratégia inicial foi a de deixar cair o gordo, que afinal não passava de um comentador que logo foi acusado de ser um fanfarrão ávido de protagonismo e obrigado a dizer que os e-mails até podiam ser verdadeiros, mas que ele não se lembrava de nada daquilo. Coitado, além de sofrer de amnésia, levou na cabeça de todos os lados, mas desta vez foi injustiçado, ou alguém acredita que aquelas desculpas esfarrapadas não foram estudadas e encomendadas pela famosa estrutura benfiquista, que entre o rebentamento das primeiras bombinhas no dia 6, até à aparição do mártir no dia 10, manteve um silêncio total enquanto estudava a melhor maneira de sair do aperto.
O pior foi quando foi implicado uma das torres deste xadrez, alguém que não podia ser sacrificado como um simples peão, e aí Pedro Guerra deu a primeira lição à estrutura ao desfazer-se em elogios ao competentíssimo Gonçalves, que também já foi defendido oficialmente pelo Benfica. Pudera!
Vimos então os benfiquistas que durante anos a fio falaram de boca cheia sobre o "Apito Dourado" a morderem a língua para engolirem todo o veneno que destilaram, num desfile patético de justificações tão impensáveis como pouco criativas.
Na TVI24 Luís Aguilar defendeu com unhas e dentes o árbitro Manuel Mota, que segundo ele não terá nada a ver com o facto do seu amigo Adão ter metido uma cunha ao Benfica para lhe melhorar a nota de um jogo que lhe tinha corrido mal. Ou seja, deve ter sido o Adão que por acaso soube da tal nota e resolveu sabe-se lá porquê contactar o Gonçalves para ajudar o nosso (nosso salvo seja, deles) amigo. Haja imaginação!
Por falar em amigos, o prestável António Rola explicou-nos que no futebol são todos amigos, só não explicou se era ele um dos que corria para o hotel do FC Porto quando ia arbitrar ao norte, conforme se depreendeu das bocas do Jorge Coroado noutro programa televisivo. Coroado esse sobre o qual Pedro Guerra curiosamente pediu informações ao amigo Adão. Para que seriam? Imagino!
Ficámos também a saber que o Rola que durante muito tempo foi céptico em relação ao VAR, agora passou a ser um defensor acérrimo desta inovação. Só me faz lembrar do gajo que não estava de acordo com uma sentença de 2 anos por assalto à mão armada, mas que agora perante uma pena de 20 anos por homicídio, já aceita pacificamente os 2 anos. Tarde de mais meu caro.
Na cmtv António Figueiredo diz que recebeu o mail completo do Adão para o Guerra e que afinal os padres são os cartilheiros. Este acha que dá missas, mas pronto, agora é só entregar esse mail aos investigadores que fica tudo esclarecido. Que falta de imaginação!
O Farinha do Record descobriu que desde que o futebol é futebol que a arbitragem é uma grande tentação, portanto segundo ele estes e-mails não mancham os títulos conquistados pelo Benfica, como o "Apito Dourado" também não manchou as vitórias do fabuloso FC Porto do Mourinho. De resto este é um argumento que eu nunca imaginei ver na boca dos benfiquistas, mas que tenho ouvido variadas vezes. Afinal o FC Porto só ganhou aqueles campeonatos todos porque tinha grandes equipas.
Ainda no Record temos a mordaz e sempre muito irónica Leonor, que honra lhe seja feita não não vai na onda do Farinha, e até se arvora em adepta do MP e da PJ, mas mesmo assim não se esquece da sua grande paixão, o Presidente do Sporting, que segundo ela e no meio de outros remoques, veio a revelar-se incapaz de conduzir esta guerra contra o Benfica, pelo que foi afastado pelo FC Porto da condução daquelas cavalgadas. Tivesse isto partido do Sporting, era porque Bruno de Carvalho não passa de um incendiário que só pensa no Benfica, mas como desta vez as pedras vieram doutro lado, é porque ele foi empurrado para a segunda fila por manifesta incompetência do seu departamento de comunicação. É realmente preciso ter muita paciência, mas a mim enquanto público desta tragicomédia, paciência é coisa que não me falta.
Ainda no mesmo jornal temos um tal de Pedro Adão (que nome sugestivo para o caso) que acha que isto é muito barulho para quase nada e exige mão pesada para quem acusa se essas acusações forem infundadas, até porque elas vem de quem vive assombrado por uma vergonha infindável. Realmente é divertido ver portistas e benfiquistas a medir as dimensões dos seus apitos. Só lhes falta dizer: ladrão que rouba a ladrão....
Por falar em divertir não podemos esquecer o Jaime Antunes que descobriu que o "pôr a carne toda no assador" do amigo Adão pode ter alguma coisa a ver com um churrasco qualquer. Ás vezes fico sem saber se estes gajos são parvos, ou se pensam que os outros são todos tolos.
Escondidos como verdadeiros ratos de esgoto estão Paulo Gonçalves, Adão Mendes e Nuno Cabral, seguindo o exemplo do 1º ministro que até cancelou uma entrevista anunciada pela RTP, não fosse o previsto programa de vassalagem a esse grande senador do futebol português, ser substituído por uma serie de perguntas incómodas. O gordo também faltou a um programa da TVI, não fosse borrar ainda mais a escrita como voltou ontem a fazer e até o carlinhos das cartilhas teve uma falta de comparência para não se comprometer, aliás nos dias de hoje o silêncio é o melhor amigo do Benfica, como muito bem percebeu o Serpa d'A Bola, onde nem uma palavra sobre o assunto. Grande jornalismo.
Verdadeiramente cómica foi a entrada em cena do director de comunicação do Benfica, um tal de Luís Bernardo que quer reabrir o processo Apito Dourado e nem do Sporting se esqueceu, pois segundo ele o Bruno de Carvalho disse que tinha arrumado o Vítor Pereira e escolhido o Pedro Proença para a Liga. Querem ver que a estrutura vai ser derrubada por um gajo que diz muitos palavrões e que dá beijos na noiva em público.
Costuma-se dizer que as feras são mais perigosas quando estão feridas, mas neste caso parece-me que a águia se transformou numa galinha aterrorizada que não consegue mais do que espalhar umas penas pelo ar, enquanto o dragão a vai chamuscando sádica e lentamente. Será que é este o churrasco a que se referia o Jaime?
Aguardemos pelas próximas queimaduras.
Comentários
Enviar um comentário