Penso que o candidato da oposição surgiu apenas porque os resultados do futebol nesta época tem sido aquilo que se sabe, mas Madeira Rodrigues não estava preparado e depois de ter aparecido com o fato de homem polido e de outro nível, espalhou-se por completo no caso do treinador e nem sequer soube aproveitar um debate que surpreendentemente lhe correu melhor do que seria esperar, estragando tudo logo a seguir com aquela história do Ricciardi e acabando por ser enterrado definitivamente, ao receber os beijos da morte das duas personagens mais tóxicas da direcção anterior.
A campanha teve alguns momentos menos felizes, principalmente porque Madeira Rodrigues afinal não era tão polido como se quisera fazer parecer e em vez de ir a fundo naquilo que correu menos bem a Bruno de Carvalho, como por exemplo a gestão do futebol e o caso do investidor fantasma, resolveu disparar para todo o lado, indo ao ponto lhe negar méritos na reestruturação financeira que segundo ele já estaria feita por Nobre Guedes, ou na construção do pavilhão, que teria sido lançada por José Eduardo Bettencourt, caindo até no ridículo de acusar o Presidente de estar a cozinhar a perda da maioria na SAD, quando toda a gente sabe quem foi ele que a travou.
Bruno de Carvalho ainda tentou manter a posse de Presidente, mas depois do debate passou por cima das recomendações que deve ter recebido e voltou ao seu estilo mais bélico. O pior foram os seus apoiantes mais radicais, que se fartaram de maltratar o candidato alternativo, que nesse aspecto teve alguma razão quando falou no Sporting Clube de Carvalho, o mesmo se podendo dizer em relação às queixas sobre a Sporting TV, principalmente depois da estação televisiva do Clube não ter estado em directo na conferência de imprensa em que Madeira Rodrigues anunciou o seu treinador, um dos momentos mais esperados desta campanha.
No dia das eleições os sportinguistas mostraram a enorme vitalidade do nosso Clube e no final Bruno de Carvalho saiu completamente legitimado, como era esperado e desejável, mas lá está, com o microfone na mão, partiu para os excessos do costume com aquela conversa do bardamerda, completamente desnecessária e desajustada no ambiente de festa que se vivia. Mas sobre isso há muito mais a dizer, portanto fica para ao próximo artigo.
O que interessa agora é manter o rumo, e corrigir o que correu mal. Daqui a 4 anos cá estaremos para o balanço, mas desta vez as expectativas são mais altas.
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