80 minutos agradáveis

Depois daqueles fatídicos 15 minutos de Vila do Conde, que resultaram numa derrota inesperada, Jorge Jesus não arriscou e recorreu àquele que é o seu onze neste momento, embora a posição de lateral esquerdo esteja completamente em aberto e Alan Ruiz continue a não convencer no lugar de segundo avançado.

O Sporting começou mal o jogo e acabou ainda pior, mas pelo meio fez 80 minutos de qualidade bastante aceitável e houve mesmo uma fase em que a goleada poderia ter acontecido.

Depois de um susto inicial a fazer lembrar o primeiro golo do Rio Ave, Gelson Martins abriu o livro e Bas Dost mostrou que temos ponta de lança. Ele pode não ter o espírito guerreiro de Slimani, mas é mais forte do que o argelino na área e ou muito me engano, ou vai marcar mais golos do que o seu antecessor.

Com a tranquilidade resultante dos golos, na 2ª parte houve tempo para a nota artística, sob a batuta de um grande William Carvalho que já em Vila do Conde tinha sido o único a escapar ao naufrágio defensivo da equipa e com um André que marcou alguns pontos, embora pareça sentir-se melhor como o homem mais adiantado, mas aí vai ter poucas hipóteses, pelo que terá de lutar pela posição de segundo avançado.

No fim vieram as substituições e, se Lazar Markovic até se integrou bem, Elias só teve tempo para ver a banda passar e candidata-se a ser o Aquilani desta temporada. Também com uma dupla como a que o Sporting tem no meio campo, não sei quem é que entrava ali.

Aqueles dois golos no fim é que eram escusados, mas a equipa já tinha mudado o chip para o modo Liga dos Campeões. De qualquer forma são erros a mais nos últimos dois jogos, que neste caso acabaram por dar um colorido ao marcador que não corresponde ao que o Estoril mostrou em campo, onde foi quase sempre uma equipa encolhida e inofensiva.





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