Sob a batuta do Capitão

O Sporting ganhou tangencialmente em Paços de Ferreira, num jogo onde foram notórias as melhorias da equipa, mesmo já sem João Mário, que na minha opinião é de entre todos aqueles de quem se fala que podem ser vendidos, o que menos falta fará à equipa e que mais facilmente será substituído.

Com Islam Slimani de regresso ao onze, Alan Ruiz jogou naquele que é o seu lugar e o ataque ganhou em agressividade, mas esta dupla ainda não está afinada, porque se estivesse a vitória tinha sido seguramente mais tranquila.

Estas novelas das transferências acabam sempre por mexer com os jogadores pelo que é natural que o argelino esteja ansioso, enquanto o argentino ainda está à procura de entrar no andamento da equipa. Mostra pormenores de qualidade, mas joga muito devagar.

Onde se notou maior evolução foi no processo defensivo, de tal forma que o Paços não teve uma verdadeira oportunidade de golo e Rui Patrício desta vez não fez uma só defesa digna de destaque.

Sebastián Coates apareceu finalmente em bom plano e teve mesmo um corte decisivo no lance mais perigoso do Paços de Ferreira, pelo que com o seu patrão em pleno, tudo se torna mais simples lá atrás na defesa.

No meio é que esteve a virtude com a dupla William Carvalho/Adrien Silva em grande plano, principalmente o Capitão, que continua jogo após jogo a mostrar ser um jogador enorme. Felizmente que ninguém dá por ele e eu só espero que o mercado feche antes alguém acorde, porque este sim seria muito difícil de substituir.

Depois de um inicio atrevido dos paçenses o Sporting assumiu o comando do jogo e o golo do Capitão marcado em cima do intervalo foi mais do que justo.

Na 2ª parte o domínio do Sporting intensificou-se, mas faltou matar o jogo.

Depois com o passar do tempo o Paços de Ferreira tentou subir no terreno e o Sporting baixou o ritmo, mas não se pode dizer que tenha sofrido para segurar a vantagem, embora controlar um jogo com um resultado tangencial seja sempre um risco.

E pronto o Sporting ultrapassou estas duas jornadas a coberto dos danos colaterais que podiam resultar da instabilidade do mercado que continua aberto para gáudio dos comissionistas, enquanto os clubes estranhamente nada fazem para mudar esta situação.

Venha o Porto e o fecho do mercado para finalmente toda a gente se focar na equipa.

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