Na liderança

E pronto, o Sporting ultrapassou as três primeiras jornadas do campeonato 100% vitorioso e chegou à pausa para as selecções na semana do fecho de mercado, isolado na liderança.

Depois de na 1ª jornada terem arranjado um castigo para o Islam Slimani, agora na semana do clássico choveram propostas para os melhores jogadores do Sporting, mas Jorge Jesus tem a sua equipa montada e no clássico frente ao FC Porto apostou num onze ainda sem jogadores acabados de chegar.

Assim Alan Ruiz ficou de fora, enquanto Bryan Ruiz derivou para o meio, com Bruno César a fazer a meia esquerda e Gelson Martins a manter-se no lado direito, onde pelo menos por agora já ninguém se lembra de João Mário.

Embalados pela vitória em Roma, os portistas entraram a todo o gás e ganharam o meio campo, fruto de uma pressão alta que criou algumas dificuldades ao sector mais forte do Sporting, onde Adrien Silva esteve muito abaixo daquilo a que nos habituou.

Jorge Jesus viu onde estava o buraco e trocou de posição Bryan Ruiz com Bruno César, equilibrando a luta no meio e ganhando criatividade no lado esquerdo.

Rezam as crónicas que esta foi uma jogada decisiva para o desfecho da partida, mas a verdade é que os dois primeiros golos aconteceram antes e, nasceram ambos de livres cavados com dois belos mergulhos.

Estava o jogo numa fase de indefinição, quando Gelson Martins operou a reviravolta com um excelente remate, num lance onde realmente a bola tocou no braço de Bryan Ruiz, mas não há nenhuma acção deliberada ou, aproveitamento de uma maior ocupação de espaço, que possa configurar motivo para a marcação de uma falta, pelo que como diria Jorge Jesus, foi limpinho, limpinho.

Daí para a frente foi quase sempre o Sporting a mandar no jogo e a estar mais perto do 3-1, com Adrien Silva e William Carvalho, este por duas vezes, a terem excelentes ocasiões para marcarem.

Esperava-se outra reacção do FC Porto, principalmente depois do intervalo, mas o Sporting conseguiu manter o jogo sob controle, salvo uma ou outra situação de maior aperto, quando Nuno Espírito Santo arriscou com a entrada de mais um avançado, mas aí já Jorge Jesus tinha posto trancas à porta com a entrada de Bruno Paulista.

O Sporting ganhou porque apesar de tudo foi a melhor equipa em campo, mas agora rasgam-se as vestes do árbitro que não teve um trabalho isento de erros num jogo que também não foi fácil, e onde o seu critério disciplinar deixou muito a desejar, mas daí até dizer-se que Tiago Martins teve influência no resultado, vai uma grande distância.

No final Islam Slimani despediu-se em lágrimas depois de festejar mais um golo, com Bas Dost  na tribuna a ver o que se espera dele e Joel Campbell a estrear-se com alguns pormenores de requintado recorte técnico.

Não sei se Fernando Santos também terá estado na tribuna, mas lá, ou em casa, terá seguramente visto Rúben Semedo e Gelson Martins a mostrarem serviço mais do que suficiente para justificarem a chamada à Selecção Nacional, pelo menos comparando com os gonçalos guedes e outros que tais, que por muito menos já tiveram direito a uma convocatoriazinha.

Enfim, está superado com distinção o prólogo do campeonato e já deu para eles perceberem que vão levar outra vez com um Sporting forte.

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