A caminho de Paris

E pronto, Portugal está na Final do Euro 2016. Os portugueses assistiram do lado de fora aos confrontos entre os tubarões do futebol europeu, que se foram degolando uns aos outros e ultrapassaram tranquilamente o País de Gales, naquele que para Portugal foi o jogo mais fácil da competição.

Os galeses são claramente inferiores aos polacos, e em relação à Croácia nem se fala, pelo que este percurso frente a rivais de valor decrescente foi bastante favorável a Portugal, apagando o futebol tristonho à imagem do seleccionador nacional, que acaba por sair como o grande vencedor desta campanha.

Fernando Santos soube fazer algumas alterações que eram fundamentais e mesmo insistindo num futebol demasiadamente cauteloso, que quase anula o seu melhor jogador, o seleccionador nacional lá conseguiu concretizar a sua promessa de ficar até ao último dia da competição, sendo que na minha opinião a entrada de Adrien Silva na equipa, foi fundamental para o equilíbrio da mesma e a mais determinante de todas as mexidas feitas.

Mas mesmo assim foi Cristiano Ronaldo quem marcou a diferença e foi ele a desbloquear as meias finais, um jogo que estava morno, e que em três minutos ficou resolvido, graças ao poder atlético impressionante deste enorme jogador, que não pára de ultrapassar os seus limites, calando os patetas que continuam à espera de uma coisinha qualquer para mostrarem a sua azia com os feitos do melhor futebolista português de todos os tempos.

Cristiano Ronaldo sente que este é o momento que tanto desejou e quer elevar-se a um patamar ainda mais alto, sonhando levar Portugal a uma grande vitória num torneio internacional, algo que o colocaria a um nível que provavelmente só ele acreditaria ser possível de atingir, e talvez só comparável com o que Maradona fez em 1986. Para isso Cristiano Ronaldo parece disposto a tudo e, é vê-lo a correr atrás da bola como nunca, isolado lá na frente, à espera que a bola lá chegue, ou vindo cá atrás recuperá-la e ajudar a defender.

Agora chegou a altura de ajustar contas com a França. A favor de Portugal joga a tranquilidade de não estar obrigado a ganhar. A festa está preparada, mas quem tem Cristiano Ronaldo pode sonhar em estragá-la.



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