Porque é que o Sporting não foi Campeão. 3) Erros próprios

Costuma-se dizer que no futebol não há golos sem erros, no entanto há erros incríveis ou até imperdoáveis e este campeonato ficou marcado por alguns desses.

É claro que logo à cabeça está aquele inacreditável falhanço de Bryan Ruiz, não só porque ele estava de baliza aberta em plena pequena área, o que me leva a dizer convictamente que aquela até eu marcava, mas principalmente porque esse jogo foi decisivo.

No entanto já na semana anterior em Guimarães, o Sporting tinha falhado golos atrás de golos, com Bryan Ruiz a ser novamente o principal perdulário, embora em alguns casos também tenhamos de dar mérito ao guarda redes do Vitória, o mesmo se podendo dizer em relação ao do União da Madeira, que também teve um noite de grande inspiração na Choupana, noutro jogo onde o Sporting poderia ter goleado, mas falhou golos em serie.

De resto Jorge Jesus na sua recente entrevista à SIC, afirmou que a ausência de Teo Gutierrez numa fase importante da época foi decisiva para uma certa quebra da equipa, até porque é fácil perceber que Fredy Montero nunca entusiasmou particularmente o treinador do Sporting. Na realidade houve um período em que os golos não saíam, e aí Jesus não conseguiu encontrar as melhores soluções, numa altura em que Islam Slimani estava um pouco limitado pela questão dos cartões.

Mas neste caso na minha opinião se há alguém a quem apontar o dedo, esse alguém é Teo Gutierrez,  que me parece ser um mau profissional. Com um pouco mais de compromisso da parte dele, as coisas poderiam ter sido muito diferentes.

Há também um erro colectivo imperdoável no jogo em casa com o Tondela. A equipa fez o mais difícil e conseguiu dar a volta ao resultado, depois de estar a perder por 1-0 e de ter ficado a jogar com menos um jogador, mas a seguir levou um golo na sequência de uma bola despejada para a frente que apanhou a defesa a dormir. Depois de tanto esforço desperdiçar 2 pontos assim! Não pode!

Diga-se que neste último caso Rui Patrício foi infeliz naquela saída que motivou a sua expulsão, mas o pior foi que Marcelo Boeck não esteve à altura das responsabilidades, pois também se lhe pedia mais no lance do golo do empate.

Enfim, nem foram muitos erros, mas o resultado faz com que nos lembremos deles e aquele falhanço do Bryan Ruiz vai ser falado daqui a muitos anos, tal como hoje ainda se fala de um falhanço idêntico de Tomé em Magdburg.

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